FONTE: TRIBUNA DA BAHIA.
Estima-se que, ao longo da vida, todo mundo
tenha, no mínimo, um episódio de dor de cabeça, especialmente, a enxaqueca.
Este tipo de cefaleia interfere de forma bem significativa na qualidade de
vida, alterando o humor e diminuindo a produtividade nos estudos ou no
trabalho.
O que poucas pessoas sabem é que há vários
fatores que desencadeiam a enxaqueca, como alguns alimentos.
1 - Glutamato monossódico, que realça o sabor de alimentos
industrializados
2 - Condimentos e aditivos existentes em produtos enlatados,
defumados e carnes processadas
3 - Queijos amarelos e outros derivados do leite
4 - Chocolate
5 - Adoçante à base de aspartame
6 - Molho vermelho de massas e pizzas
7 - Salsichas
8 - Pães e biscoitos de água e sal com queijo e nozes
9 - Nozes e outras sementes
10 - Cafeína (embora alguns pacientes, na verdade, melhorem
as crises com ela)
Segundo o médico André
Felicio, neurologista, doutor em ciências pela Unifesp, membro da Academia
Brasileira de Neurologia, pós-doutor pela Universityof British Columbia, no
Canadá, e médico pesquisador do
Hospital Israelita Albert Einstein, é difícil perceber se foi um
determinado alimento que desencadeou a enxaqueca. Cabe ao paciente associar a
ingestão do alimento com o desencadeamento da crise, ou mesmo notar se as
crises cessam ao evitar este alimento.
Uma maneira fácil de lembrar quais alimentos
desencadeiam enxaqueca é pensar no cardápio principal das grandes lojas de
fast-food, um "prato cheio" para as crises. Por outro lado, os
alimentos que devemos incentivar enxaquecosos a ingerir são: carnes, aves e
peixes frescos, queijo branco, leite desnatado, pães brancos, aspargos,
cenoura, beterraba, espinafre, tomate, brócolis, alface, ameixa, maçã, damasco,
pêssego e pêra.
Os principais fatores que contribuem para
que determinados alimentos desencadeiem a enxaqueca, de acordo com o médico,
são características dos próprios alimentos (como a capacidade de promover
vasodilatação) e a susceptibilidade genética, motivo pelo qual nem todos os
enxaquecosos desenvolvem crises quando expostos ao mesmo tipo de alimento/produto,
ou pior, no caso da cafeína, alguns melhoram e outros pioram. Em alguns casos,
a enxaqueca deflagrada pela alimentação pode indicar até outros problemas como
intolerância à lactose ou doença celíaca.
O fato de a dor ser desencadeada
ou não por um alimento não muda o tratamento da crise aguda, na qual se usam
medidas comportamentais (repouso, pouca luz) e farmacológicas (analgésicos
específicos para enxaqueca, como os triptanos), explica o neurologista. A
questão diz respeito à prevenção, na
qual, futuramente, o indivíduo deve ser orientado a evitar a exposição a este
fator desencadeante.
Em geral, o tratamento da
enxaqueca crônica leva em consideração orientar o paciente a reduzir o uso de
analgésicos e tomar medicações preventivas para dor por, pelo menos, seis
meses, ininterruptamente. Normalmente, levamos em consideração as comorbidades
do indivíduo para escolher este
preventivo.
Assim, "é importante que o indivíduo
com dor de cabeça reconheça que muito mais do que se automedicar o fator
determinante no sucesso do tratamento será reconhecer a dor em toda sua
complexidade, por exemplo, seus fatores desencadeantes como os alimentos, e que
procurar o auxílio de um profissional médico para isto será sempre o melhor
caminho", conclui o médico.
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