FONTE: Mariana Bueno (itodas.uol.com.br).
Consumo ideal é de cerca de 2,5 litros por dia.
Para manter o organismo
hidratado, a reposição de líquido deve ser constante. E a hidratação pode ser
uma grande aliada pra queimar aqueles quilinhos indesejáveis. Quem afirma é o
professor-titular de Nutrição da USP Antonio Herbert Lancha Junior. “Para quem
quer emagrecer, a ingestão de líquido é muito importante porque a quebra da
gordura no organismo é feito por um processo chamado hidrólise (lise=quebra;
hidro=água), que depende diretamente da água. Ao não consumir líquido,
limita-se a quebra de gordura corporal. Hidratar não significa que o organismo
vai quebrar mais gordura do que sua capacidade, mas vai quebrar no seu limite
de competência. Por não se hidratar a quebra ocorre abaixo do seu potencial”,
explica.
Ele diz que, ao contrário do que
muitos pensam, a hidratação não é feita somente com a ingestão de água. Todas
as bebidas hidratam, inclusive as que contêm açúcar e/ou carboidrato. “Quando
consumimos um isotônico, por exemplo, estamos ingerindo água, sal e glicose. A
água e o sal ajudam a manter a água no sangue e no espaço fora das células,
enquanto a glicose é importante para manter o carboidrato dentro do músculo.
Então quando você consome um suco ou um refrigerante, por exemplo, também está
hidratando seu corpo, pois a glicose presente nestas bebidas vai ser
incorporada na forma de glicogênio ao tecido muscular e ajudar a potencializar
a hidratação”, afirma.
O Ministério da Saúde recomenda a
ingestão de 1ml de água para cada caloria gasta, o que resulta em média em 2,5
litros ao dia. Divididos por 12 horas, são aproximadamente 200ml, ou seja, um
copo de líquido por hora. Quando seu gasto calórico aumenta, pela prática de
atividade física, por exemplo, é necessário compensar, caso contrário seu corpo
vai acusar essa baixa quantidade de água. No caso de lugares com altas
temperaturas, em que a perda de água pelo suor é maior, a necessidade de
ingestão de líquido também aumenta.
Como o organismo normalmente produz
muito calor e suor, a tendência é ficar pouco hidratado, por isso a necessidade
do consumo frequente de líquidos. O consumo de sal também influencia. “Ao
consumir alimentos com muito sal, forçosamente o organismo aumenta a demanda
por água. Esta combinação resulta em transitória retenção hídrica que melhora
com o fluxo de líquidos ingeridos”, explica.
Outro fator que pede atenção é o
clima seco, especialmente durante o outono e o inverno, pois influencia
principalmente as mucosas do organismo, que têm em sua composição 80% de água.
O ambiente climatizado também resseca o nosso corpo, por isso aqueles que
passam o dia em local com ar condicionado devem consumir bastante líquido. “No
estado pouco hidratado, a mucosa tem sua espessura diminuída e com isso ficamos
mais vulneráveis a todos os tipos de infecção propagados pelo ar. Se alguma
bactéria ou vírus conseguir atravessar a membrana, por causa da fragilidade da
mucosa, são grandes as chances do indivíduo desenvolver uma doença. O
funcionamento do sistema imunológico também é afetado, deixando nosso organismo
mais vulnerável a infecções oportunistas como, por exemplo, gripes e
resfriados”, alerta. compromete também.
O grande erro cometido pela
maioria das pessoas é esperar sentir sede pra beber líquido, quando, na
verdade, esse momento pode já ser tarde demais. “O primeiro sinal de alerta
normalmente passa despercebido e pode iniciar com um simples ressecamento da
mucosa, mas é fraco e dura pouco. O consumo mínimo suficiente para molhar a
boca reduz esse sinal. Hidratação é muito mais do que simplesmente tomar um
copo d’água, a reposição deve ser permanente”, finaliza.
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