Os jogadores do futebol
brasileiro estão se movimentando contra o calendário divulgado pela
Confederação Brasileira e Futebol (CBF) para o próximo ano, reclamam os atletas
que não terão direito aos trinta dias de férias que todo trabalhador tem por lei.
Alguns destes atletas
reclamam até mesmo de que algumas equipe este ano tiveram que jogar mais de
três em um espaço de tempo menor que oito dias exemplos do São Paulo, Santos
Atlético Mineiro e Náutico; só que a reclamação destes atletas no meu ponto de
vista vem muito tardiamente, o mais engraçado em todas as reclamações eles
estão esquecendo que muitos ganham
milhões de reais por mês apenas para treinarem e fazerem uma média de seis a oito
partidas por mês e ainda por cima com direito a viagens em aviões luxuosos,
hotéis os melhores das cidades ou países por onde passam enquanto um
trabalhador normal ganha um salário misero de menos de setecentos reais e tem
que trabalhar de segunda a segunda, em baixo de chuva ou no sol e sem direito a
reclamação.
Estes atletas quando
contundidos tem os melhores, hospitais médicos nem se fala, ainda por cima
dispõe muitas das equipes de fonoaudiólogos, fisioterapeutas, nutricionistas e
outras coisitas mais que a maioria do povo brasileiro não.
Fico a me questionar
que estes mesmos atletas que hoje estão reclamando de um calendário apertado de
jogos quase que quatro vezes por semana, esquecem que quando chega no final de
ano e que poderiam muito bem descansar ai inventam partidas comemorativas até
pela morte da “bezerra do seo nhô sei lá da quantas” e ninguém mostra cansaço
ou reclama, sei muito bem que no período de férias ou folga o profissional faz
de sua vida o que bem quer e entende, mas este período é para descansar então
que descansem e não se coloquem a disposição de jogos comemorativos como
acontece todo final de ano, não vale apena citar aqui os jogos comemorativos
que tradicionalmente já acontece há vários anos e muitos destes atletas que ai
estão fazendo este movimento participam.
Entendo bem que em
alguns jogos chamados “sic” beneficentes para ajudarem instituições de
caridades e famílias carentes, poderiam muito bem estes atletas se unirem e
tirar apenas um por cento, isto mesmo um
por cento dos seus polpudos salários para ajudarem esta ou aquela entidade
carente, mas quase que nenhum deles faz isto, por que nos jogos os ingressos
são cobrados ou com dinheiro ou doação de alimentos não perecíveis e no final
de contas os atletas que participam destas partidas só fazem mesmo é aquilo que
mais gostam que é jogar futebol, por que a grana que é boa para as entidades
sai das rendas dos ingressos pagos pelos torcedores que já pagam normalmente o
ano quase todo para ajudar a pagar os polpudos salários de cada um deles.
Será que podemos hoje comparar
o trabalho de quem está em um cafezal ou canavial e o seu salário com o daquele
jogador que menos recebe em uma das grandes equipes do futebol brasileiro?
Acredito que não! Hoje qualquer perna de pau tendo um bom empresário logo está na mídia e se torna o
centro das atenções e de imediato está assinando um contrato com alto salário e
em pouco tempo é transferido para o futebol europeu. E aquele pedreiro,
padeiro, professor, policial, bancário etc... etc... Qual o seu salário e
perspectiva de melhoria?
Que eles estão certos
em cobrar tudo bem é um direito inalienável de todo e qualquer trabalhador mas
alegar cansaço é brincar com a inteligência do ser humano. Alguns jogadores
mostram total profissionalismo que nem estão participando deste manifesto,
recentemente alguns jogadores atuaram por suas seleções e ao terminarem seus
jogos pegaram avião, ao chegarem nas cidades onde suas equipes iam atuar
pegaram taxi e foram direto para o vestiário e entraram em campo com menos de
quarenta e oito horas e não reclamaram e ajudaram seus times alguns a vencerem
outros conseguiram o empate.
É lamentável que hoje
com toda uma estrutura que é bem montada para estes que são considerados os
artistas da bola ainda reclamem com tem acontecido nos últimos dias.
Que o futebol
brasileiro precisa de organização disto não tenho a menor duvida mas não sobre as alegações que
estão sendo postas por muitos atletas. Infelizmente no Brasil o esporte ainda
não é tratado com a seriedade que deveria acontecer e com a honestidade que
merecemos, mas como no Brasil tudo acontece não será o nosso futebol uma
exceção.
O torcedor que ganha um
salário mínimo ou até menos muitas vezes deixa de comer para ver seu time jogar
mesmo que ele jogue dez vezes no mês e não reclama o valor alto dos ingressos
que são cobrados isto os milionários da bola não reclamam nem se rebelam
Triste futebol
brasileiro.
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