FONTE: Caroline
Sarmento (corpoacorpo.uol.com.br).
Cansaço e falha na memória podem ser consequências da insônia, sabia? Veja como acabar com esses sintomas e dormir feito um anjinho!
Engana-se quem pensa que insônia é
uma doença. “É um sintoma que pode estar presente em doenças
do sono, ou neuropsiquiátricas (depressão,
Parkinson, Alzheimer, ansiedade,
etc), doenças hormonais, síndromes dolorosas
ou consequentes ao uso de substâncias como medicamentos ou drogas”,
explica Fernando Gomes Pinto, neurocirurgião do Hospital das Clínicas e membro
da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia – SBN (SP).
De acordo com o especialista, as mulheres estão mais propensas a desenvolver insônia do que os homens: “As mulheres representam cerca de 70% dos pacientes que se queixam do sintoma. Isto ocorre porque são mais propensas à doenças como depressão, ansiedade e alterações hormonais”, explica Gomes.
O sono tem papel fundamental na capacidade de aprendizado e no processo de consolidação da memória. Uma pesquisa publicada na revista científica Sleep apontou que nos Estados Unidos, a insônia é a causadora da perda anual estimada em US$ 63 bilhões, (aproximadamente R$ 124 bilhões) dos lucros. De acordo com a pesquisa, os números são consequências do desempenho dos trabalhadores norte-americanos que, por causa da insônia, vêm executando as respectivas tarefas de maneira reduzida e menos eficaz.
Segundo Gomes, a mente funciona como um processador: “O cérebro foca nos detalhes mais importantes e lhes dá significado emocional. Por isso, é preciso administrar as informações recebidas antes de dormir, pois interfere na qualidade do sono”. Logo, exagerar em atividades que exercitem o cérebro antes de dormir como ver filmes, assistir TV, jogar videogame, acessar a internet, entre outras, podem prejudicar o sono.
Níveis de insônia:
A insônia também tem estágios
diferentes. “O paciente pode simplesmente não conseguir dormir,
acordar várias vezes à noite, levantar-se cedo demais
ou acordar sempre cansado”, indica o especialista.
O sintoma também pode ser classificado em três fases. A primeira é a transitória, que pode durar até 7 dias. O segundo estágio é o sintoma intermediário, que tem duração de até 3 semanas, já o último nível é o crônico e dura mais que 3 semanas. “Há relatos anedóticos de pessoas que permaneceram acordadas por até 10 dias. A prática é nociva e contraindicada”, alerta Gomes.
Tratamentos e dicas para ficar longe da
insônia:
Não existe milagre! Insônia cura-se
alterando os hábitos, com terapia e medicamentos.
- Reduza a atividade mental (sem
computador e televisão antes de dormir),
- Faça mais atividades físicas durante
o dia;
- Priorize o sono. “O bom sono
desta noite garante o excelente dia de amanhã”, afirma o especialista;
- Procure não fragmentar o sono;
- Busque deitar-se e acordar sempre no
mesmo horário;
- Não exagere em cafés (evite
a bebida após às 17 horas), ou refrigerantes;
- Opte por atividades relaxantes à noite;
- Use travesseiros que alinhem o pescoço
e o tronco;
- O colchão também pode ser um causador
do mau sono, pois deve se adaptar às curvas anatômicas do corpo e ser
confortável.
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