FONTE: Paula Laboissière -
Repórter da Agência Brasil, TRIBUNA DA BAHIA.
A Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa) informou na sexta-feira (11/04) que a entrada de produtos de saúde
no país será feita de forma mais rápida a partir deste ano.
De acordo com o órgão, a resolução RDC
15/2014 traz três grandes mudanças em relação ao Certificado de Boas Práticas
de Fabricação que devem favorecer o registro de novas tecnologias no país.
A primeira alteração permite que
a Anvisa utilize relatórios de auditoria, emitidos por terceiros, dentro de programas específicos
reconhecidos pela agência.
“Na prática, a Anvisa poderá utilizar a
parceria com outras agências reguladoras, trocando informações e reduzindo a
necessidade do envio de técnicos ao exterior”, informou.
A resolução também abre espaço
para que as empresas contratem
auditorias certificadas que possam elaborar relatórios de inspeção que serão
utilizados pelo Brasil para
emitir o Certificado de Boas Práticas de Fabricação.
A expectativa do governo brasileiro é que
uma única auditoria possa produzir relatórios válidos para Brasil, Canadá,
Estados Unidos, Austrália e Japão.
A segunda novidade é que a Anvisa não vai
mais emitir o certificado para produtos das classes I e II, de menor risco,
como luvas, seringas e alguns instrumentais cirúrgicos.
A medida, segundo a agência, elimina a
necessidade de inspeções para linhas de produção de produtos considerados de
menor complexidade, mas não altera os critérios de eficácia e segurança
exigidos para o registro.
A simplificação atinge cerca de 300 empresas
que atualmente aguardam a emissão do documento, o que equivale a 25% dos
pedidos que aguardam certificação.
Já a terceira medida trata da permissão para
que o protocolo de solicitação do certificado seja aceito para apresentar os
pedidos de registro, revalidação e alteração de produtos das classes III e IV,
de maior risco.
“Isso significa que o fabricante não terá
que aguardar a concessão do certificado para que a análise dos seus produtos
seja iniciada. Com os dois processos ocorrendo em paralelo, o tempo de chegada
de novos equipamentos no mercado deve ser reduzido, já que a análise do produto
poderá ser feita enquanto a fábrica aguarda a certificação”, informou a
agência.
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