FONTE: , (noticias.uol.com.br).
Uma exposição no
Museu Nacional Marítimo da Austrália ilustra uma curiosa crença do final do
século 19: de que entrar na carcaça em decomposição de uma baleia trazia alívio
para aqueles que sofriam de reumatismo.
Segundo reportagem do
diário Sydney Morning Herald, acreditava-se que ficar dentro de uma baleia por
cerca de 30 horas aliviava dores e sofrimentos por até 12 meses.
Acredita-se que a
prática nasceu na cidade de Eden, no sul da Austrália.
'Nova cura'.
Um paciente reumático
era colocado dentro da carcaça de uma baleia recém-abatida, "deixando
apenas sua cabeça para fora", relata o jornal Sydney Morning Herald.
Uma possível origem
da prática, que data do final do século 19, é de que um homem bêbado entrou na
carcaça de uma baleia e surgiu horas depois, aparentemente, livre de seu
reumatismo.
O incidente foi
reportado pelo Pall Mall Gazette, em matéria intitulada "uma nova cura
para o reumatismo", em 7 de Março 1896.
A matéria falava que
"um cavalheiro de hábitos festivos, mas gravemente afetado por
reumatismo" estava andando na praia com amigos quando avistou a baleia,
que já estava aberta e que "pareceu um atraente pedaço de carne".
Seus amigos,
horrorizados com o calor e o cheiro, o deixaram lá dentro por várias horas, até
que ele surgiu sóbrio e livre de seu reumatismo.
O jornal diz que o
incidente, que ocorreu alguns anos antes, deu à luz a prática bizarra.
"Os baleeiros
cavavam uma espécie de túmulo estreito no corpo do animal onde o paciente
ficava por duas horas, e, como em um banho turco, a gordura de baleia em
decomposição cobria seu corpo, agindo como um enorme cataplasma", afirma.
A curadora da
exposição, Michelle Linder, disse ao Sydney Morning Herald que é improvável que
a prática tenha sido "algo muito popular".
"Eu não sei se
não havia evidência científica (para apoiar a prática), mas houve boatos na
época de que eles se sentiam melhor depois de passar um tempo dentro da
baleia", acrescenta.
Reumatismo é uma
doença que provoca dor e inchaço nas articulações, que costuma afetar as mãos,
pés e pulsos.
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