FONTE: Marina Lopes (www.bolsademulher.com).
Transtorno
de ansiedade causa medo extremos e irrracionais.
A síndrome
do pânico é um transtorno de ansiedade caracterizado
por crises súbitas de medo intenso, que fazem com que a pessoa acredite que
algo ruim está para acontecer. Estes ataques vêm a qualquer momento do dia e
geram medos irracionais chamados fobias: o
paciente identifica em quais situações as crises acontecem e passa a evitá-las.
Uma crise
de pânico dura entre cinco e 30 minutos. É uma descarga de adrenalina
acompanhada de uma série de sintomas, principalmente o medo da morte. Muitas
pessoas sofrem da doença, mas não sabem o que é; outras têm vergonha de contar
o que sentem. O diagnóstico precoce aumenta as chances de cura e minimiza o
sofrimento do paciente e da família, pois o transtorno afeta a rotina e a vida
de todos ao redor.
Sintomas da síndrome do
pânico.
Psicóloga
e psicoterapeuta especializada em síndrome do pânico, Fátima de Camillo afirma
que, grosso modo, os sintomas da doença são semelhantes às reações de um susto:
as mãos transpiram, as pernas tremem, o coração palpita e a boca seca. “São
mecanismos de defesa, é como se o corpo se preparasse para a fuga”, explica.
Náusea, taquicardia, tontura, falta de ar e sensação de sufocamento também são
bastante comuns.
Diferentemente
de uma pessoa assustada, que tem razões concretas para temer, quem sofre
do transtorno de pânico apresenta este conjunto de sintomas em
situações corriqueiras, sem qualquer motivo aparente; é como se os hormônios
funcionassem de forma errada. A associação de quatro destes sintomas
caracteriza a doença.
“Outra
característica marcante é o sentimento de despersonalização. O paciente se
sente constantemente fora da realidade e muito distante dele mesmo. Ele sente
medo de perder o controle sobre si, de enlouquecer e de morrer. Muitas pessoas
não saem mais de casa, pois este é o único lugar em que elas se sentem
seguras”, afirma a especialista.
Causas do transtorno.
Situações
muito estressantes ou traumáticas costumam ser as responsáveis por desencadear
a síndrome do pânico. De acordo com a psicóloga, a doença é a resposta do corpo
a uma série de insatisfações sufocadas durante anos: trabalho, família,
casamento. Eis que uma ocasião pontual é a gota d’água para que o corpo
transborde.
“Os
pacientes são, em geral, pessoas sistemáticas ou perfeccionistas. São pessoas
que não conseguem falar 'não', que passam por cima de si mesmos para fazer a
vontade do outro e que remoem muita raiva por viverem fazendo o que não querem.
A síndrome vem para mudar alguma coisa: pela primeira vez, a pessoa é obrigada
a pensar em si mesma”, explica.
Tratamento da síndrome
do pânico.
Medicamentos
antidepressivos são utilizados para cessar as crises, mas, para curar o medo, a
ajuda de um profissional especializado é imprescindível. A terapia faz com que
o paciente entenda porque as crises acontecem e aprenda a lidar com seus
desejos, sentimentos e emoções. É o momento que ele se volta totalmente para si
e encara as situações traumáticas.
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