FONTE: *** Jairo Bouer (doutorjairo.blogosfera.uol.com.br).
A variabilidade da
frequência cardíaca também pode ser um indicativo da disfunção sexual feminina,
segundo um estudo feito na Universidade do Texas, nos Estados Unidos.
A variabilidade da
frequência cardíaca se refere a diferenças no período de tempo entre batimentos
cardíacos consecutivos. Segundo especialistas, essa é uma das medidas mais
sensíveis da interação entre o sistema nervoso simpático (que ativa a chamada
reação de luta ou fuga) e do sistema nervoso parassimpático (que regula ações
inconscientes, como batimento cardíaco e respiração).
Quando esses dois
sistemas, que formam o sistema nervoso autônomo, estão em equilíbrio, uma
pessoa é capaz de se adaptar bem a mudanças fisiológicas ou ambientais sempre
que necessário.
De acordo com a
pesquisadora Amelia Stanton, a variabilidade da frequência cardíaca desempenha
um papel na excitação sexual feminina, além de ser um marcador de que o coração
está saudável e o corpo pode modular a pressão arterial adequadamente dentro de
vários contextos. Isso porque a excitação depende, em grande parte, da pressão
sanguínea nos órgãos genitais.
A pesquisadora e sua
equipe analisaram dados de 72 mulheres com idade entre 18 e 39 anos. Elas
tiveram a variabilidade da frequência cardíaca medida, assim como a função
sexual avaliada enquanto assistiam a um vídeo comum e, em seguida, a um vídeo
erótico.
Os pesquisadores
descobriram que mulheres com média baixa de variabilidade da frequência
cardíaca eram significativamente mais propensas a relatar disfunção sexual.
Vale dizer que já existe uma associação entre essa medida e a disfunção erétil.
Stanton diz que os
resultados não chegam a surpreender, já que a baixa variabilidade de frequência
cardíaca também já foi associada a depressão, ansiedade e dependência de
álcool. As informações foram publicadas no periódico Applied
Psychophysiology and Biofeedback.
A pesquisadora
acredita que o monitoramento dessa medida pode ser uma forma simples e não
invasiva de se medir a disfunção sexual e avaliar o progresso de eventuais
tratamentos.
Jairo Bouer é médico formado
pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, com residência em
psiquiatria no Instituto de Psiquiatria da USP. A partir do seu trabalho no
Projeto Sexualidade do Hospital das Clínicas da USP (Prosex), passou a focar
seu trabalho no estudo da sexualidade humana. Hoje é referência no Brasil, para
o grande público, quando o assunto é saúde e comportamento jovem, atendendo a
dúvidas através de diferentes meios de comunicação.
Sobre o blog.
Neste espaço, Jairo Bouer publica informações atualizadas e opiniões
sobre saúde, sexo e comportamento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário