FONTE: *** Do UOL, em São Paulo (noticias.uol.com.br).
Em um futuro próximo,
a Aids poderá ser controlada com drogas de longa duração que só precisarão ser
tomadas com intervalos de meses. Essas drogas serão feitas com bases em estudos
dos diferentes vírus HIV que afetam desde humanos a animais. Pelo
menos esse é o objetivo de um estudo realizado na Alemanha.
A pesquisa liderada
pelo cientista alemão Frank Kirchhoff, diretor do Instituto de
Virologia Molecular da Universidade de Ulm, estuda o efeito dos diferentes
tipos do vírus HIV existentes com o intuito de entender como cada um atua para,
enfim, conseguir criar drogas mais eficazes no combate a eles. As informações
são da Agência Fapesp.
Em seu estudo,
Kirchhoff mostrou que a pandemia de Aids, que atinge ao menos 35 milhões
de pessoas no planeta, está relacionada a um grupo viral específico,
o HIV-1 M, que teria surgido em chimpanzés africanos ao sul de
Camarões há cerca de 10 mil anos. O vírus teria surgido de recombinações de
outros vírus existentes em pequenos macacos, como os do gênero Cercopithecus.
Vírus tem origem em
macacos.
A explicação para o
grupo M ter sido o único capaz de se tornar pandêmico, segundo Kirchhoff, está
no fato de que somente ele é capaz de desarmar todas as defesas antivirais
naturalmente encontradas no organismo humano.
Estima-se que o
primeiro caso de transmissão de HIV-1 para humanos tenha ocorrido em 1920, na
região do Congo, possivelmente para caçadores que tiveram contato com o sangue
contaminado dos animais. O grupo M teria sido transmitido pela primeira vez por
volta de 1940.
Outros tipos do
vírus, como o HIV-1 P, foi detectado em apenas dois indivíduos, o HIV-1 N
infectou cerca de uma dezena de pessoas e, o HIV-1 O, milhares – praticamente
todas na África.
Segundo Kirchhoff,
será possível futuramente aplicar o conhecimento dessas e de outras pesquisas
que estão em andamento em novas estratégias de controle do vírus. Com isso,
será possível, em um futuro próximo, deixar de tomar as medicações diariamente
para evitar a Aids.
"Não tenho
certeza de que conseguiremos algum dia curar a infecção, mas penso que, no
futuro, seremos capazes de controlar o vírus sem ter que tomar drogas
diariamente. Estão surgindo drogas de longa duração, que só precisam ser
tomadas com intervalos de meses. Isso será muito importante na África, onde
muitos não têm condições de ir com frequência às clínicas".
*** Com Agência
Fapesp.
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