sexta-feira, 21 de agosto de 2015

PESQUISA REVELA QUE CIGARRO ELETRÔNICO É 95% MENOS PREJUDICIAL À SAÚDE...

FONTE: iG - O Dia, TRIBUNA DA BAHIA.
No entanto, pneumologista afirma que é preciso de estudos mais longos para detectar os reais efeitos do produto no corpo.

         
Os cigarros eletrônicos são 95% menos prejudiciais à saúde do que o tabaco tradicional. Foi o que mostrou um estudo publicado, nesta quarta-feira, pela Public Health England, uma agência do Serviço de Saúde do Reino Unido. No entanto, pneumologista acredita que ainda é cedo para afirmar se o produto causa menos danos ao organismo, já que, assim como no cigarro tradicional, ele contém a nicotina, substância que causa dependência química.
Ao longo do levantamento, os pesquisadores mostraram que o e-cigarro serve como uma alternativa aos adesivos de nicotina. A organização considera que "vaporizar", a ação de aspirar e expelir o vapor do eletrônico, é menos prejudicial do que o tabaco dos cigarros tradicionais. Para os cientistas, esse tipo de cigarro poderia ser ainda receitado para as pessoas que quiserem parar de fumar.
No entanto, aqui no Brasil o produto não é regulamentado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Com isso, os médicos não podem receitá-lo aos seus pacientes. Quem o utiliza costuma comprar por meio de sites na internet ou quando vai a outro país.
O pneumologista Rodolfo Fred Behrsin explica que o e-cigarro contém menos substâncias tóxicas do que o tradicional. No entanto, ele afirma que ainda não é possível enumerar as vantagens e desvantagens dele. Segundo o professor de Pneumologia da Unirio, seria necessário fazer um estudo a longo prazo, para detectar de que forma o produto age no corpo.
"Mesmo tendo menos elementos tóxicos, o cigarro eletrônico tem substâncias negativas. O meu medo é que as pessoas troquem um cigarro pelo o outro e continuem viciadas, já que o e-cigarro também contém nicotina", alerta o especialista.
Já a principal autora da pesquisa, Ann McNeill, da Universidade King's College de Londres, destaca que o uso deste produto representará uma "revolução" para a saúde pública. "Atualmente, 80 mil pessoas morrem na Inglaterra a cada ano em consequência do tabaco. Se todos os fumantes passassem aos e-cigarros, reduziríamos para quatro mil o número de mortes. Essa é nossa estimativa atual, mas o número poderia ser mais baixo ainda", disse McNeill.
A shiatsu terapeuta Juliene Faleira, de 47 anos, cita também outras qualidades do cigarro eletrônico: não tem cheiro e nem deixa um odor desagradável na roupa. Usuária há quase dois anos deste produto, Juliene foi fumante do tradicional durante 30 anos e fumava cerca de um maço por dia.

"Não sinto a menor falta do outro tipo. Se eu chegar perto de alguém com o cheiro do cigarro tradicional, saio até de perto. Fora que não sinto mais cansaço físico e nem taquicardia. Minha resistência física continua boa, mesmo utilizando o e-cigarro", conta.

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