FONTE: iG - O Dia, TRIBUNA DA BAHIA.
No entanto, pneumologista afirma
que é preciso de estudos mais longos para detectar os reais efeitos do produto
no corpo.
Os
cigarros eletrônicos são 95% menos prejudiciais à saúde do que o tabaco
tradicional. Foi o que mostrou um estudo publicado, nesta quarta-feira, pela
Public Health England, uma agência do Serviço de Saúde do Reino Unido. No
entanto, pneumologista acredita que ainda é cedo para afirmar se o produto
causa menos danos ao organismo, já que, assim como no cigarro tradicional, ele
contém a nicotina, substância que causa dependência química.
Ao
longo do levantamento, os pesquisadores mostraram que o e-cigarro serve como
uma alternativa aos adesivos de nicotina. A organização considera que
"vaporizar", a ação de aspirar e expelir o vapor do eletrônico, é
menos prejudicial do que o tabaco dos cigarros tradicionais. Para os
cientistas, esse tipo de cigarro poderia ser ainda receitado para as pessoas
que quiserem parar de fumar.
No
entanto, aqui no Brasil o produto não é regulamentado pela Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa). Com isso, os médicos não podem receitá-lo aos
seus pacientes. Quem o utiliza costuma comprar por meio de sites na internet ou
quando vai a outro país.
O
pneumologista Rodolfo Fred Behrsin explica que o e-cigarro contém menos
substâncias tóxicas do que o tradicional. No entanto, ele afirma que ainda não
é possível enumerar as vantagens e desvantagens dele. Segundo o professor de
Pneumologia da Unirio, seria necessário fazer um estudo a longo prazo, para
detectar de que forma o produto age no corpo.
"Mesmo
tendo menos elementos tóxicos, o cigarro eletrônico tem substâncias negativas.
O meu medo é que as pessoas troquem um cigarro pelo o outro e continuem
viciadas, já que o e-cigarro também contém nicotina", alerta o
especialista.
Já a
principal autora da pesquisa, Ann McNeill, da Universidade King's College de
Londres, destaca que o uso deste produto representará uma "revolução"
para a saúde pública. "Atualmente, 80 mil pessoas morrem na Inglaterra a
cada ano em consequência do tabaco. Se todos os fumantes passassem aos
e-cigarros, reduziríamos para quatro mil o número de mortes. Essa é nossa
estimativa atual, mas o número poderia ser mais baixo ainda", disse
McNeill.
A
shiatsu terapeuta Juliene Faleira, de 47 anos, cita também outras qualidades do
cigarro eletrônico: não tem cheiro e nem deixa um odor desagradável na roupa.
Usuária há quase dois anos deste produto, Juliene foi fumante do tradicional
durante 30 anos e fumava cerca de um maço por dia.
"Não
sinto a menor falta do outro tipo. Se eu chegar perto de alguém com o cheiro do
cigarro tradicional, saio até de perto. Fora que não sinto mais cansaço físico
e nem taquicardia. Minha resistência física continua boa, mesmo utilizando o
e-cigarro", conta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário