O levantamento
mostrou ainda que, entre 2003 e 2013, a obesidade entre as mulheres passou de
14% para 25,2%.
Uma em cada quatro mulheres no Brasil está
obesa. Foi o que revelou a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), divulgada ontem
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entre pessoas do
sexo masculino e feminino, o número de pessoas com excesso de peso chega a
56,9% e a condição de obesidade afeta mais mulheres do que homens: 24,4% contra
16,8%.
O levantamento mostrou ainda que, entre 2003 e 2013, a obesidade entre as mulheres passou de 14% para 25,2%. Segundo a nutróloga Amélia Duarte, a explicação pode estar no comportamento diferente entre os sexos. “Pelo que vejo no consultório, os homens são mais disciplinados, quando buscam orientação e resolvem fazer dieta são mais focados. As mulheres estão mais acostumadas a fazer dietas e não levar tanto a sério”.
ACIMA DO PESO.
De acordo com a pesquisa do IBGE, na faixa etária entre 45 e 54 anos, 20,2% da população está obesa. É o caso da comerciante Sheyla Pimentel, 49 anos, que pesa 126 quilos e usa roupa tamanho 54. Sheyla é a única mulher em casa e revela que é mais gordinha que o marido e o filho. “O meu marido se movimenta muito no trabalho e meu filho é do tipo geração saúde, adora comidas naturais e pratica esportes”, diz. “Eu já tenho uma vida mais ociosa, tenho um açougue e fico mais no caixa, não gasto tanta energia”, completa.
Para ela, isso não é um incômodo, mas revela que as mulheres têm motivos a mais para lutar contra a balança. “O estresse é algo que acomete mais a mulher que o homem. A gente se preocupa com a casa, com as contas, com filho”, justifica, e enumera ainda outros problemas que a levaram à obesidade. “Não faço atividade física por falta de tempo e as contas também não permitem que a gente pague uma academia. Acabei engordando por conta da ociosidade”, fala, para acrescentar: “Além disso, a boa alimentação custa caro. A gente termina comendo mais coisas industrializadas, que são mais práticas e mais baratas, e deixa de consumir comidas naturais”.
O levantamento mostrou ainda que, entre 2003 e 2013, a obesidade entre as mulheres passou de 14% para 25,2%. Segundo a nutróloga Amélia Duarte, a explicação pode estar no comportamento diferente entre os sexos. “Pelo que vejo no consultório, os homens são mais disciplinados, quando buscam orientação e resolvem fazer dieta são mais focados. As mulheres estão mais acostumadas a fazer dietas e não levar tanto a sério”.
ACIMA DO PESO.
De acordo com a pesquisa do IBGE, na faixa etária entre 45 e 54 anos, 20,2% da população está obesa. É o caso da comerciante Sheyla Pimentel, 49 anos, que pesa 126 quilos e usa roupa tamanho 54. Sheyla é a única mulher em casa e revela que é mais gordinha que o marido e o filho. “O meu marido se movimenta muito no trabalho e meu filho é do tipo geração saúde, adora comidas naturais e pratica esportes”, diz. “Eu já tenho uma vida mais ociosa, tenho um açougue e fico mais no caixa, não gasto tanta energia”, completa.
Para ela, isso não é um incômodo, mas revela que as mulheres têm motivos a mais para lutar contra a balança. “O estresse é algo que acomete mais a mulher que o homem. A gente se preocupa com a casa, com as contas, com filho”, justifica, e enumera ainda outros problemas que a levaram à obesidade. “Não faço atividade física por falta de tempo e as contas também não permitem que a gente pague uma academia. Acabei engordando por conta da ociosidade”, fala, para acrescentar: “Além disso, a boa alimentação custa caro. A gente termina comendo mais coisas industrializadas, que são mais práticas e mais baratas, e deixa de consumir comidas naturais”.
ALIMENTAÇÃO.
A nutróloga confirma que o custo da comida pode estar interferindo no peso do brasileiro. “Alimentos mais saudáveis, como a proteína, têm um custo mais elevado. Já os carboidratos, como macarrão, pão e arroz, por exemplo, são mais baratos”, destaca.
Ainda de acordo com Amélia Duarte, o erro do brasileiro está na alimentação e no sedentarismo. “Mesmo indo pra academia, os hábitos são diferentes atualmente. As pessoas ficam muito no computador, usam elevador, andam mais de carro e não têm muitas atividades no dia a dia”, afirma.
A PNS divulgada ontem pelo IBGE mostrou ainda que a circunferência da cintura, um indicador de excesso de peso e de problemas cardíacos, também é maior nas mulheres. Entre as entrevistadas com 30 a 34 anos, 42,1% possuem a circunferência da cintura acima do ideal. A pressão alta foi constatada em 22,3% dos entrevistados, sendo que os homens sofrem mais do elas, 25,3% contra 19,5%.
A nutróloga confirma que o custo da comida pode estar interferindo no peso do brasileiro. “Alimentos mais saudáveis, como a proteína, têm um custo mais elevado. Já os carboidratos, como macarrão, pão e arroz, por exemplo, são mais baratos”, destaca.
Ainda de acordo com Amélia Duarte, o erro do brasileiro está na alimentação e no sedentarismo. “Mesmo indo pra academia, os hábitos são diferentes atualmente. As pessoas ficam muito no computador, usam elevador, andam mais de carro e não têm muitas atividades no dia a dia”, afirma.
A PNS divulgada ontem pelo IBGE mostrou ainda que a circunferência da cintura, um indicador de excesso de peso e de problemas cardíacos, também é maior nas mulheres. Entre as entrevistadas com 30 a 34 anos, 42,1% possuem a circunferência da cintura acima do ideal. A pressão alta foi constatada em 22,3% dos entrevistados, sendo que os homens sofrem mais do elas, 25,3% contra 19,5%.
Pesquisa revela que alimentação ruim começa ainda
na infância.
A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), divulgada pelo IBGE, mostrou ainda que os maus hábitos que levam à obesidade e ao excesso de peso começam cedo. Isso porque, segundo o levantamento, 60,8% das crianças com menos de 2 anos de idade comem biscoitos, bolachas e bolos, e 32,3% tomam refrigerante e suco artificial.
Para a coordenadora do Serviço de Pediatria da Ufba, Luiza Cabus, as mudanças de hábitos devem ser da família toda. “As crianças refletem o que é a família. Não há nenhuma razão lógica ou nutricional para crianças tomarem refrigerantes. A chance de uma criança obesa tornar-se um adulto obeso é alta”, destaca o especialista.
A nutróloga Amélia Duarte atribui a má alimentação das crianças ao estilo de vida dos pais. “Isso acontece em decorrência das mães trabalharem e terem que ter praticidade. Mas o que é prático geralmente não é saudável”.
A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), divulgada pelo IBGE, mostrou ainda que os maus hábitos que levam à obesidade e ao excesso de peso começam cedo. Isso porque, segundo o levantamento, 60,8% das crianças com menos de 2 anos de idade comem biscoitos, bolachas e bolos, e 32,3% tomam refrigerante e suco artificial.
Para a coordenadora do Serviço de Pediatria da Ufba, Luiza Cabus, as mudanças de hábitos devem ser da família toda. “As crianças refletem o que é a família. Não há nenhuma razão lógica ou nutricional para crianças tomarem refrigerantes. A chance de uma criança obesa tornar-se um adulto obeso é alta”, destaca o especialista.
A nutróloga Amélia Duarte atribui a má alimentação das crianças ao estilo de vida dos pais. “Isso acontece em decorrência das mães trabalharem e terem que ter praticidade. Mas o que é prático geralmente não é saudável”.
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