A queda da libido pode
ser uma condição temporária, causada por alguma variação hormonal.
Ter uma vida sexual ativa pode ser um indicador da saúde geral, física e
psíquica. No entanto, a queda da libido feminina é uma condição comum em algum
momento na vida de todas as mulheres.
Vários fatores podem ser responsáveis pela diminuição do desejo sexual da
mulher, dentre eles desequilíbrios hormonais, problemas de tireoide, pós-parto,
cansaço, estresse, uso de determinados medicamentos, depressão, problemas de
autoestima e conflitos com o parceiro.
A queda da libido pode ser uma condição temporária, causada por alguma
variação hormonal, fatores fisiológicos ou psicológicos momentâneos, mas também
pode ser duradoura e exigir tratamentos específicos.
De acordo com o ginecologista Jorge Valente, diretor médico
do CEPARH (Centro de Pesquisa e Assistência em Reprodução Humana), “um
dos principais fatores da queda da libido feminina é a própria idade da mulher,
uma vez que há uma diminuição progressiva e natural da produção de hormônios
sexuais com redução considerável de testosterona, principal hormônio
associado à libido”.
Já a queda da produção de estrogênio causa ressecamento vaginal,
provocando dor no ato sexual, o que também compromete o desejo. Essas
mudanças fazem parte do processo normal de envelhecimento e começam a partir do
climatério, fase de transição entre a vida reprodutiva e a menopausa.
As disfunções sexuais também podem afetar a libido. “Estudos revelam que
cerca de 50% das brasileiras têm algum tipo de disfunção sexual”,
afirma Jorge Valente. A disfunção sexual em mulheres pode
envolver não somente a incapacidade de atingir o orgasmo (anorgasmia) e
dores durante o ato sexual ou penetração (dispareunia), mas também a redução
na libido, uma forte rejeição à atividade sexual e dificuldade em ficar
excitada.
É comum que a própria rotina, o cansaço e o estresse comprometam a
atividade sexual de um casal. A mulher moderna tem várias jornadas, estuda,
trabalha, cuida da carreira profissional, da casa e dos filhos, muitas vezes
não sobra disposição para o sexo. “O estresse eleva a produção de cortisol,
hormônio que também pode comprometer a libido”, explica Jorge Valente.
“O desejo da mulher está totalmente associado às emoções. Muitos casos de
queda de libido e bloqueios sexuais são atribuídos a problemas como depressão,
preocupações, perdas profissionais ou pessoais que causam danos emocionais,
ansiedade e problemas de relacionamento e insatisfações com o parceiro”, afirma
o ginecologista.
A atividade sexual traz vários benefícios para a saúde e é fundamental
para o bem estar e qualidade de vida. Toda mulher que sente diminuição do seu
desejo sexual deve procurar o ginecologista, que identificará o que está
causando a falta de libido para que o tratamento adequado seja adotado. Muitas
vezes, o tratamento deve ser feito em conjunto com uma terapia comportamental
ou acompanhamento psiquiátrico.
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