Se para evitar o
espirro, o nariz ou a boca forem totalmente fechadas, esse hábito pode causar
prejuízos, sim, mesmo que raramente. Normalmente isso está associado com outros
problemas de saúde pré-existentes. Isso porque, ao segurar o espirro, ocorre um
aumento maior da pressão de ar dentro do nariz. E se a pessoa tiver alguma
condição que deixe suas veias e artérias mais frágeis, como aneurismas ou mal
formações, pode haver uma ruptura desses vasos sanguíneos e ocorrer até mesmo
um AVC
(acidente vascular cerebral).
Além disso, com o
aumento da pressão intranasal, se o indivíduo tiver alguma fragilidade nos
ossos que separam o nariz do olho, parte do ar pode ir para trás do globo
ocular e causar temporariamente dor e inchaço no olho. Segurar o espirro também
pode causar outros problemas, como aumento da pressão dentro do olho em quem
tem glaucoma, hemorragia na retina, fratura de costelas em indivíduos com osteoporose,
lesão de artéria carótida, perda de audição por lesão do tímpano (mais
raramente), entre outros.
O espirro nada mais é
do que um reflexo normal do organismo diante do contato com substancias
irritantes que caem na mucosa do nariz. Ou seja, ao inalar um pó, poeira,
fumaça, ou até mesmo vírus e bactérias, a pessoa vai gerar um estímulo, que vai
provocar o reflexo de expelir essa substância para fora com um alto fluxo de
ar, que é o espirro.
E como não existe
nenhuma forma efetiva de evitá-lo, o correto é impedir que as gotículas que vão
sair do nariz e da boca ao espirrar sejam dispersas pelo ambiente. Para isso,
coloque a mão, o antebraço ou um lenço protegendo as vias respiratórias. E
lembre-se sempre de lavar as mãos com água e sabão após o espirro, ou faça uso
do bom e velho álcool em gel.
*** Fontes: Danilo
Sguillar, otorrinolaringologista da BP - A Beneficência Portuguesa de São
Paulo; Fausto Nakandakari, otorrinolaringologista do Hospital Sírio Libanês, em
São Paulo; e Pedro Ernesto Barbosa Pinheiro, otorrinolaringologista do Hospital
Samaritano, em São Paulo.
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