Não é xixi, cerca de 2%
das mulheres expelem esse líquido durante o orgasmo,
e nem se sabe ao certo se isso pode ser chamado de ejaculação feminina. Os
mitos e as verdades em torno desse fenômeno foi um dos temas discutidos no podcast
Sexoterapia sobre orgasmos.
1-
É real: "Esse fenômeno existe,
ainda que não seja muito bem explicado pela ciência ainda", afirma Ana
Canosa, sexóloga e apresentadora do podcast. Ela explica que muitos urologistas
não concordam com o termo "ejaculação", que seria um fenômeno masculino
do ponto de vista anatômico. Mas o fato é que sim, existem mulheres que emitem
este líquido em jato, agora se isso vai ser chamado de ejaculação feminina do
ponto cientifico ainda não sabemos.
2-
Não é xixi: Esse líquido vem de uma
glândula chamada glândula de Skene, que nem toda a mulher tem, segundo Ana. Ela
explica que, para alguns estudiosos, ele conteria substâncias assemelhadas ao
líquido da próstata masculina. "Por isso dizem que a glândula de Skene
seria quase correlata à glândula prostática do homem", diz a sexóloga. Ela
cita também um estudo de 2015, que encontrou um pouco de substância da urina
neste líquido para além do prostático. "Então poderiam ter dois fenômenos,
um que vem da glândula de Skene, e outro que vem de alguma parte da bexiga",
conclui.
3-
Nem todas as mulheres ejaculam:
"Esse líquido ligado ao orgasmo
é eliminado pela uretra e vem da glândula de Skene. O que se sabe é que 54% das
mulheres possuem essa glândula", explica Ana. Então são apenas essas
mulheres que podem vir a ejacular durante o orgasmo.
4-
Orgasmo com ejaculação não é mais
poderoso: os estudos que compararam o orgasmo
de mulheres que ejaculavam com as que não ejaculavam não encontraram nenhuma
associação entre ejaculação e maior prazer. "O fato de uma mulher ejacular
não significa que ela tenha orgasmos mais intensos ou mais prazerosos",
afirma Ana.
5-
Tem como única função o prazer: ao
contrário da ejaculação masculina, que tem a função de emitir sêmen para
procriação, a ejaculação feminina (assim como o orgasmo
feminino) não tem nenhum propósito biológico conhecido, a não ser o prazer da
mulher!
Os
caras piram.
A engenheira Mariana,
37, de Porto Alegre, descobriu que conseguia ejacular por volta dos 30 anos,
mas isso já acontecia com ela desde a adolescência, conforme contou ao podcast.
"No início, fiquei
um pouco assustada, não sabia o que estava acontecendo, daí comecei a pesquisar
o assunto, conversei com a minha ginecologista e descobri que, apesar de raro,
aquilo era normal. E depois que começou a acontecer com frequência, e entendi o
que era, eu comecei a ressignificar alguns episódios da minha adolescência.
Quando eu era bem novinha, virgem ainda, dei uns amassos mais quentes com um
cara e, quando paramos, percebi que meu vestido estava molhado. Só entendi o
que tinha acontecido nesse dia depois que descobri as ejaculações.
Mesmo quando eu não
ejaculava, sempre fui muito lubrificada, sempre saiu muito líquido do meu
corpo. Teve uma vez que um cara estava me chupando, e achou que eu tinha feito
xixi. Sempre tem uns caras que estranham, mas em geral eles piram, ficam
loucos. A maioria nunca viu, e se empolga muito. Principalmente no oral! E
agora eu também curto bastante isso em mim. É um diferencial (risos)."
Acompanhe
o Sexoterapia.
Orgasmo é o tema do
nono episódio do podcast Sexoterapia, um espaço criado por Universa para falar
de sexo e relacionamento. Nesse episódio, as apresentadoras Marina Bessa,
editora chefe de Universa, e Ana Canosa, sexóloga, recebem a terapeuta
Orgástica Charlise Freitas de Andrade.
Sexoterapia está disponível no UOL, no Youtube de Universa e nas plataformas de podcasts, como Spotify, Apple Podcasts, no Castbox e Google Podcasts.
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