Em uma decisão inédita,
a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), aprovou o uso de terapias
alternativas para pacientes com enfermidades complexas e sem alternativas
médicas disponíveis.
Com a decisão, o Brasil
poderá desenvolver e registrar produtos a partir de células humanas. A
possibilidade de manipulação de células e genes humanos levou ao
desenvolvimento de novos produtos terapêuticos, que podem ser usados para
tratar, prevenir ou diagnosticar uma doença com pouca ou nenhuma alternativa
terapêutica.
Essa nova categoria
terapêutica inclui, por exemplo, células geneticamente modificadas para
eliminar tumores ou vetores virais que carreiam sequências específicas para
tratamento de doenças genéticas.
Basicamente, esse novo
entendimento do órgão permite tratamentos com terapia celular e com
células-tronco que até então eram proibidos no Brasil. Um exemplo do sucesso
dos experimentos aconteceu na Universidade de São Paulo (USP) no ano passado.
Um Vamberto Luiz de
Castro, 62, eliminou quase que totalmente um linfoma em estágio avançado. Tudo
graças a um tratamento com terapia celular. Tragicamente, o paciente morreu em
um acidente doméstico dois meses depois do tratamento.
"A regulação
contribui para a criação de condições que facilitam o desenvolvimento do setor,
possibilitando à população brasileira o acesso a produtos inovadores, com
qualidade, segurança e eficácia", justifica nota da Anvisa.
É importante observar
que, no mundo, os produtos de terapias avançadas, em sua maioria, encontram-se
em fase de experimentação, com poucos produtos registrados e autorizados para
uso clínico.
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