O
uso constante, descontrolado e progressivo de bebidas alcoólicas pode
comprometer seriamente o bom funcionamento do organismo.
Embora aceito pela
sociedade quando o uso é sociável, a bebida alcoólica pode oferecer uma série
de perigos, principalmente quando se instala o alcoolismo, caracterizado pelo
consumo compulsivo e progressivo, tornando o usuário tolerante à intoxicação
produzida pelo álcool, e desenvolvendo sinais e sintomas de abstinência. O
alcoolismo é considerado doença pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
O uso constante, descontrolado e progressivo de bebidas alcoólicas pode comprometer seriamente o bom funcionamento do organismo, levando a consequências irreversíveis, com prejuízos não apenas para a própria vida, mas impactando no ambiente familiar, e na vida profissional e social. No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, 17,9% da população adulta faz uso abusivo de bebida alcoólica.
O uso constante, descontrolado e progressivo de bebidas alcoólicas pode comprometer seriamente o bom funcionamento do organismo, levando a consequências irreversíveis, com prejuízos não apenas para a própria vida, mas impactando no ambiente familiar, e na vida profissional e social. No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, 17,9% da população adulta faz uso abusivo de bebida alcoólica.
Fatores como ansiedade,
angústia, insegurança, fácil acesso às bebidas e condições culturais estão
associados à dependência, que é muito comum começar na adolescência, período em
que se iniciam as reuniões sociais e a oferta de bebidas alcoólicas. No Brasil,
segundo dados da OMS, o consumo de bebida alcoólica por brasileiros acima de 15
anos está em ritmo acelerado desde 2006, com aumento de 43,5%.
O álcool encontrado nas bebidas é o etanol, uma substância resultante da fermentação de elementos naturais. Quando ingerido, o etanol é digerido no estômago, absorvido no intestino e, pela corrente sanguínea suas moléculas são levadas ao cérebro.
O álcool encontrado nas bebidas é o etanol, uma substância resultante da fermentação de elementos naturais. Quando ingerido, o etanol é digerido no estômago, absorvido no intestino e, pela corrente sanguínea suas moléculas são levadas ao cérebro.
Uso, abuso e dependência.
A dependência do álcool afeta uma pequena, mas significativa, proporção da população adulta em muitos países (cerca de 3 a 5%), mas o abuso e uso arriscado do álcool, geralmente afetam grande parte da população (15 a 40%).
O uso refere-se a qualquer ingestão de álcool. A OMS usa o termo baixo risco de uso de álcool, para se referir à ingestão de álcool que geralmente não resulta em problemas relacionados à bebida.
O abuso de álcool é um termo geral para qualquer nível de risco, desde a ingestão aumentada até a dependência do álcool. O abuso de álcool pode produzir danos físicos ou mentais à saúde, mesmo na ausência de dependência.
Já a dependência do álcool é uma síndrome que consiste em sintomas relacionados ao funcionamento mental, comportamental e psicológico. O diagnóstico da dependência do álcool dever ser feito se as seguintes situações foram experimentadas ou exibidas durante um período de 12 meses:
- Forte desejo ou compulsão para
beber
- Dificuldades em controlar a
ingestão de álcool, em relação ao seu início, término, ou quantidade
- Alteração psicológica quando o uso
de álcool é cessado ou reduzido, ou utilizar-se do álcool para aliviar ou
evitar sintomas de alterações psicológicas
- Evidência de tolerância, como doses
cada vez maiores, para atingir os mesmos efeitos causados pelas doses
menores anteriores
- Quando o uso de bebida alcoólica
interfere na perda progressiva de interesse por atividades antes
realizadas ou por outras fontes de prazer
- Persistência no consumo de álcool
mesmo em situações em que o consumo é contraindicado, ou apesar de provas
evidentes de prejuízos, como lesões, infecções e danos ao organismo.
Em longo prazo, o álcool prejudica todos os órgãos e pode causar:
- No estômago: gastrite e úlcera
- No fígado: hepatite alcoólica,
cirrose e acúmulo de gordura
- No pâncreas: pancreatite
- Nos nervos: neurite, diminuição da
sensibilidade e da força muscular nas pernas
- Hipertensão
- Aterosclerose
- Acidentes Vasculares
- Demência
- Psicose
- Depressão
O abuso de álcool também afeta a percepção, a reação e os reflexos aumentando o risco de acidentes no trânsito e no trabalho, além de comportamentos antissociais, violência doméstica e ruptura de relacionamentos.
Tratamento.
A primeira decisão é reconhecer que precisa de ajuda, e pedir ajuda. Isso nem sempre é fácil porque o alcoólatra tem dificuldade em reconhecer que está dependente. Nesse momento, a solidariedade de amigos e familiares é essencial.
A natureza do tratamento depende do grau de dependência e dos recursos disponíveis. Os tratamentos podem ser feitos em hospitais, em casa ou em consultas ambulatoriais. O envolvimento e apoio da família são essenciais para a recuperação. Muitos programas oferecem aconselhamento conjugal e terapia familiar como parte do processo de tratamento.
O tratamento pode
incluir:
- A desintoxicação (processo de
retirar o álcool com segurança)
- O uso de medicamentos para diminuir
a compulsão pelo álcool
- Aconselhamento, para ajudar a
identificar situações e sentimentos que levam à necessidade de beber, além
de construir novas maneiras de lidar com essas situações
Alcoólicos Anônimos.
Quase todos os programas de tratamento do alcoolismo também incluem encontros de Alcoólicos Anônimos (AA). Enquanto o AA é geralmente reconhecido como um programa eficiente de ajuda mútua para recuperar dependentes de álcool, nem todas as pessoas respondem positivamente ao estilo e mensagens do AA, e outras abordagens podem estar disponíveis.
Alcoolismo não tem cura.
Embora o alcoolismo seja uma doença tratável, ainda não há cura. Isto significa que, mesmo que um dependente de álcool esteja sóbrio por muito tempo, ele é suscetível a recaídas. Por isso deve-se evitar qualquer bebida alcoólica, em qualquer quantidade. Reduzir o consumo pode até diminuir ou retardar problemas, mas não é suficiente: a abstinência é necessária para que a recuperação seja bem-sucedida.
Recaídas são muito comuns. Mas isso não significa que a pessoa fracassou ou não irá se recuperar do alcoolismo. No caso de uma recaída, é muito importante retomar o foco no objetivo e manter o apoio necessário para não voltar a beber.
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