Aproveitar a
praia com um bebê nem sempre é uma tarefa fácil, e isso fica por conta dos
questionamentos que rondam sobre o assunto.
Quando é o melhor
momento e quais os cuidados necessários durante o passeio?
Pensando nisso, a
pediatra do Hospital Edmundo Vasconcelos, Mariana Jordão, esclareceu as
principais dúvidas:
1. Existe uma idade
recomendada para levar o bebê à praia?
Não existe uma idade
específica, porém, é recomendado que o passeio ocorra após os seis meses, pois
é quando está liberado o uso de protetor
solar e repelentes, além de haver menor risco de
infecções. Mas caso seja feito antes dessa idade, é preciso redobrar os
cuidados.
2. Quanto à exposição
solar, quais cuidados devem ser tomados?
Como mencionado, a
partir dos seis meses está liberado o uso do protetor solar, que deve sempre
ser FPS 50 ou mais, e ter proteção contra raios UVA E UVB. Somado a isso, no
período entre os seis meses e dois anos é indicado usar bloqueadores solares
(protetor solar com barreiras físicas que refletem os raios UV).
Outro importante
cuidado é no momento da aplicação do protetor, que deve ser feita em torno de
20 minutos antes da exposição, de forma uniforme e por todo o corpo- e não
esquecer o couro cabeludo, orelhas, pescoço e em cima dos pés. O produto deve
ser reaplicado a cada duas horas e após entrar na água.
O horário é outro
importante fator. O ideal é que, principalmente abaixo dos seis meses, a
exposição solar seja feita antes das 10 horas e após às 16h/17h, com passeios
curtos que não ultrapassem uma hora. Sempre com medidas de proteção como
guarda-sol, chapéu, prevenindo contra riscos de insolação, desidratação e câncer
de pele.
3. É permitido banho de
mar?
Sim, mas é importante
lembrar que durante o verão o mar costuma estar impróprio por conta do maior
risco de poluição, e por isso, vale procurar águas mais limpas e com
temperaturas agradáveis. Águas geladas podem causar queda na temperatura
corporal dos bebês.
O contato com o mar,
entretanto, deve ser por pouco tempo, preferindo molhar os pés e não mergulhar
e redobrando a atenção com o risco de afogamentos. Uma boa dica é montar
piscinas infláveis com água doce embaixo de um guarda-sol ou sombras.
4. Durante o banho de
mar, é indicado que o bebê use fraldas?
Sim, em crianças que
não tem controle esfincteriano, por questões de higiene e cuidados com o meio
ambiente, o uso é apropriado. Fezes e urina podem contaminar as águas
compartilhadas e a fralda é um meio de conter.
O ideal é utilizar
fraldas apropriadas para o uso em mar e piscinas, por não encharcarem, deixando
o bebê ou criança confortável durante o uso, que deve ser somente durante o
contato com a água. Após esse período, é preciso retira-las e fazer
higienização com água doce, a fim de evitar assaduras.
5. Alimentação e
hidratação: como proceder?
Para evitar o risco de
infecções alimentares, o ideal é trazer água filtrada e o próprio lanche –
frutas são uma boa opção, além de fáceis de transportar. O modo de
armazenamento dos alimentos também é de extrema importância. Eles devem ser
embrulhados e concentrados em isopores para manter uma temperatura ideal e
evitar a exposição ao sol.
Oferecer água com
frequência para as crianças a partir dos seis meses é muito importante, assim
evita a desidratação. Já para os bebês abaixo dessa idade, em aleitamento
materno exclusivo, não há necessidade.
A água
de côco é outro fator que merece cuidado.
O ideal é que seja consumida a partir de um ano, por sua alta concentração em
fósforo, sódio, potássio e magnésio- que pode causar um balanço orgânico
inadequado. Caso seja consumida antes, não exceder 50ml uma a duas vezes na
semana.
*** Por: TREE
COMUNICAÇÃO
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