O dever íntimo do homem
fica entregue ao seu livre arbítrio. O aguilhão da consciência, guardião da
probidade interior, o adverte e sustenta; mas, muitas vezes se mostra impotente
diante dos sofismas da paixão. Fielmente observado, o dever do coração eleva o
homem; porém, como determiná-lo com exatidão? Onde começa ele? O dever
principia sempre, para cada um de vós, do ponto em que ameaçais a felicidade ou
a tranqüilidade do vosso próximo; acaba no limite que não desejais ninguém
transponha com relação a vossa. Do item 7, no Cap. XVII, de "O Evangelho
Segundo o Espiritismo" A guerra efetivamente flagela a Humanidade,
semeando terror e morticínio, entre as nações; entretanto, a afeição
erradamente orientada, através do compromisso escarnecido, cobre o mundo de
vítimas. Quem estude os conflitos do sexo, na atualidade da Terra, admitindo a
civilização em decadência, tão-só examinando as absurdidades que se praticam em
nome do amor, ainda não entendeu que os problemas do equilíbrio emotivo são,
até agora, de todos os tempos, na vida planetária. As Leis do Universo
esperar-nos-ão pelos milênios afora, mas terminarão por se inscreverem, a
caracteres de luz, em nossas próprias consciências. E essas Leis determinam
amemos os outros qual nos amamos.
Para que não sejamos mutilados psíquicos, urge não mutilar o próximo. Em matéria de afetividade, no curso dos séculos, vezes inúmeras disparamos na direção do narcisismo e, estirados na volúpia do prazer estéril, espezinhamos sentimentos alheios, impelindo criaturas estimáveis e nobres a processos de angústia e criminalidade, depois de prendê-las a nós mesmos com o vínculo de promessas brilhantes, das quais nos descartamos em movimentação imponderada. Toda vez que determinada pessoa convide outra à comunhão sexual ou aceita de alguém um apelo neste sentido, em bases de afinidade e confiança, estabelece-se entre ambas um circuito de forças, pelo qual a dupla se alimenta psiquicamente de energias espirituais, em regime de reciprocidade. Quando um dos parceiros foge ao compromisso assumido, sem razão justa, lesa o outro na sustentação do equilíbrio emotivo, seja qual for o campo de circunstâncias em que esse compromisso venha a ser efetuado. É dada a ruptura no sistema de permuta das cargas magnéticas de manutenção, de alma para alma, o parceiro prejudicado, se não dispõe de conhecimentos superiores na auto-defensiva, entra em pânico, sem que se lhe possa prever o descontrole que, muitas vezes, raia na delinqüência. Tais resultados da imprudência e da invigilância repercutem no agressor, que partilhará das conseqüências desencadeadas por ele próprio, debitando-se-lhe ao caminho a sementeira partilhada de conflitos e frustrações que carreará para o futuro. Sabemos que a Justiça Humana comina punições para os atos de pilhagem na esfera das realidades objetivas, considerando a respeitabilidade dos interesses alheios; no entanto, os legisladores terrestres perceberão igualmente, um dia, que a Justiça Divina alcança também os contraventores da Lei do Amor e determina se lhes instale nas consciências os reflexos do saque afetivo que perpetram contra os outros. Daí procede a clara certeza de que não escaparemos das equações infelizes dos compromissos de ordem sentimental, injustamente menosprezados, que resgataremos em tempo hábil, parcela a parcela, pela contabilidade dos princípios de causa e efeito. Reencarnados que estaremos sempre, nesse sentido, até exonerar o próprio espírito das mutilações e conflitos hauridos no clima da irreflexão, aprenderemos no corpo de nossas próprias manifestações ou no ambiente da vivência pessoal, através da penalogia sem cárcere aparente, que nunca lesaremos a outrem sem lesar a nós.
Olá Alma Irmã,
nossas Fraternais Saudações!
Que esta
mensagem chegue com nossas melhores vibrações de Paz e Saúde!!
Obrigado pela companhia!!!
Centro Espírita Caminhos de Luz – Pedreira – SP – Brasil.
Pelo Espírito Emmanuel - Do livro: Vida
e Sexo, Médium: Francisco Cândido Xavier.
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