sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

PAI ACUSA COMPANHIA AÉREA DE ABUSO SEXUAL A FILHO DURANTE CONEXÃO DE VIAGEM EM SP...


FONTE: 

Segundo o jornal 'New York Times', americano acionou a Justiça contra a Latam, pois funcionário teria molestado criança.

               

Um homem americano abriu um processo na Justiça dos Estados Unidos contra a companhia aérea Latam Airlines na última segunda-feira (17), afirmando que seu filho de 6 anos foi abusado sexualmente de um funcionário da empresa enquanto fazia escala em São Paulo, em 2018. As informações são do jornal estadunidense The New York Times (NYT).

O caso foi registrado em um tribunal federal da cidade de Orlando, no estado da Flórida. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados. A empresa aérea diz que não foi notificada sobre o processo.

No processo, segundo o jornal, consta que a mãe do menino, em 2018, o colocou em um voo no aeroporto de Belo Horizonte (MG) com destino à Flórida, com escala no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Sob a responsabilidade de funcionários da LATAM, a criança estava viajando com o serviço de acompanhamento para menor, oferecido pela companhia.

O menor estava com uma pasta plástica pendurada em um cordão no pescoço, onde estavam guardados os passaportes e todos os documentos necessários para a viagem. Em algum momento, um funcionário da empresa aérea tirou a pasta do pescoço do garoto e a colocou dentro da mochila, de acordo com o 'NYT'. Por isso, a Polícia Federal não permitiu o embarque ao voo para os EUA.

Quando a criança foi entregue a outro funcionário da Latam, durante a escala em São Paulo, os documentos não foram encontrados dentro da bolsa. 

Ainda segundo o jornal, a empresa aérea decidiu hospedar o menino em um hotel próximo ao aeroporto, onde quatro funcionários se dividiram em turnos para supervisioná-lo por 15 horas. Durante esse período, o garoto teria sido abusado por um dos funcionários.

Latam diz não ter sido notificada.
Ainda conforme a publicação do NYT, o processo acusa a Latam de não oferecer treinamento adequado para seus colaboradores, além de não minimizar riscos para os passageiros e falhar na supervisão dos funcionários.

“A Latam, e o setor de aviação em geral, tinham conhecimento real do risco de menores desacompanhados durante escalas longas e de que a negligência no cuidado de menores desacompanhados pode resultar em agressões às crianças”, diz no processo.

Em nota, a companhia aérea informou não foi notificada a respeito do processo, mas se coloca à disposição para colaborar com as investigações. Além disso, a empresa declarou que "apurações criteriosas foram realizadas" na época, constatando apenas a perda da conexão e o atraso na entrega da bagagem da criança.

Confira a nota na íntegra:
"A LATAM Airlines Brasil afirma que não foi notificada de nenhum processo judicial. No entanto, está atenta a qualquer alegação dessa natureza e, desde já, se coloca à disposição para colaborar."
"Com relação à reclamação de 2018, informa que apurações criteriosas foram realizadas a época e não foram constatados quaisquer dos fatos, além da perda de conexão e atraso na entrega da bagagem do menor."

"A companhia conta com equipe altamente qualificada e treinada, e tem protocolos internacionalmente aplicados a seus processos de serviço. Adicionalmente, a empresa tem valores e princípios constantes de seu Código de Conduta e um robusto Programa de Compliance."

"A LATAM Airlines Brasil informa que repudia veementemente qualquer tipo de violência e adota medidas para assegurar o bem-estar e a integridade dos passageiros. Esse é um valor imprescindível para a companhia, reforçado diariamente em todas as suas operações."

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