Fadiga ocular e
envelhecimento da retina são alguns dos problemas visuais causados pela luz
azul nociva proveniente das telas que usamos em nosso dia a dia e que, em
virtude do Covid-19, estão ainda mais presentes na rotina daqueles que
trabalham em home office e das crianças e adolescentes.
Para evitar a proliferação
do novo Coronavírus,
o Covid-19, muitas empresas adotaram o home office e muitas escolas suspenderam
as aulas presenciais, fazendo a substituição por aulas transmitidas ao vivo ou
conteúdo digital.
Além das horas na frente da tela
do computador voltadas às obrigações, com mais tempo livre em casa e opções de
lazer ao ar livre limitadas, adultos e crianças tendem a optar por jogos
eletrônicos, programas de televisão, redes sociais, entre outros, como formas
de entretenimento. O resultado é um maior tempo de exposição à luz artificial
dessas telas e, consequentemente, potenciais prejuízos à saúde ocular.
De acordo com o Dr. César
Lipener, médico oftalmologista e membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia
(CBO), esses novos hábitos que nos foram impostos deixam claro que não se pode
deixar de acompanhar a inevitável exposição das luzes nocivas sobre os olhos.
Ele explica que todos estamos habitualmente expostos à luz, seja ela natural ou
artificial, mas as diferentes amplitudes têm diferentes efeitos sob o
organismo.
“A luz azul-violeta nociva,
presente em todos os ambientes, seja por raios ultravioleta (UV) do sol ou pela
luz emitida por smartphones, tablets, computadores, entre outros, aumenta o
estresse oxidativo, contribuindo para a aceleração do envelhecimento e morte
das células da retina. A exposição excessiva a esse tipo de luz pode causar
cansaço visual, dor nos olhos e dor de cabeça. Quanto maior for a exposição,
maior a incidência desses sintomas e maiores os danos à saúde ocular a longo
prazo”, alerta, acrescentando que estudos também demonstram que o uso exagerado
da visão de perto associada ao uso de telas pode ter influência na evolução da
miopia, um dos problemas oculares que mais cresce no mundo.
O que poucos sabem é que,
simultaneamente, essas telas também emitem a luz azul-turquesa, que é benéfica
para a saúde, principalmente em momentos de grande alteração nas atividades do
dia a dia, como em quarentena. Ela
é a responsável por estimular o reflexo pupilar e as partes do cérebro onde a
melatonina é produzida, regulando a rotina de sono e beneficiando diretamente o
nosso bem-estar de modo geral.
Dessa maneira, é importante o
equilíbrio entre o bloqueio da luz azul-violeta e a passagem da luz
azul-turquesa. É essencial proteger os olhos das luzes nocivas UV e
azul-violeta e deixar passar a luz azul-turquesa benéfica para regular várias
funções biológicas. ”Algumas atitudes simples podem ser tomadas para se
proteger dos impactos desse excesso, como diminuir o tempo de uso dos
aparelhos, fazer pausas, respeitar a distância mínima entre os dispositivos e o
rosto, ou adotar lentes com proteção capazes de filtrar os raios nocivos mas
deixando os benéficos passarem”, esclarece Lipener.
Ações durante o período de
combate à epidemia beneficia quem segue em casa.
De acordo com o Instituto Data
Popular, estima-se que, no Brasil, mais de 20 milhões de indivíduos sofrem com
problemas de visão (em torno de 10% da população) e, em muitos casos, isso
acontece porque eles não têm acesso aos óculos de grau. Preocupada com esse
grupo, incluindo aqueles que seguem no isolamento e necessitam de uma melhor
performance visual com visão protegida, a Essilor, que é pioneira nas
principais inovações para o mercado óptico, lançou a campanha Compartilhe
Proteção.
Neste período de distanciamento
social, ao comprar lentes que possuem proteção contra a luz azul, parte da
receita da tecnologia de proteção será doado para o Instituto Ver e Viver é
revertido em cestas básicas para famílias carentes.
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Por: Carolina Ernst.
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