Uma pesquisa realizada por cientistas da
Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, descobriu que a doença de
Alzheimer ataca a região do cérebro responsável pela vigília durante o dia.
Essa é a explicação biológica para os cochilos diurnos excessivos observados
por pesquisadores e cuidadores de idosos.
Acreditava-se que a soneca era para compensar
as noites mal dormidas. Mas o novo estudo aponta que essa parte do cérebro é
uma das primeiras a sofrer os efeitos da neurodegeneração. Por isso, o estudo
sugere que os cochilos em excesso durante o dia são um sinal, quando não há
problemas significativos de sono noturno.
— Além do sono durante o dia, se a pessoa
possui idade avançada, mudança de comportamento, desorientação, problemas de
memória e problemas no sono podem ser indícios de início de demência. O ideal é
que as pessoas procurem orientação médica para exames complementares —
recomenda André Lima, neurologista da Neurovida.
Os pesquisadores mediram o estágio de
Alzheimer, os níveis de proteína tau (que, se danificadas, podem matar
neurônios) e o número de neurônios em três partes de 13 cérebros com Alzheimer
e sete saudáveis. Os órgãos faziam parte do banco de doenças neurodegenerativas
do cérebro da Universidade da Califórnia.
Comparado aos cérebros saudáveis, os dos
pacientes com Alzheimer tiveram um significativo aumento de tau nos três
centros cerebrais promotores da vigília e essas regiões haviam perdido até 75%
de seus neurônios.
— O trabalho mostra evidências de que as áreas
do cérebro que promovem a vigília degeneram com o acúmulo de proteína tau desde
os primeiros estágios da doença — disse a autora, Lea T. Grinberg.



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