O Conselho de Direitos
Humanos (CDH) da Organização das Nações Unidas (ONU) aceitou nesta
segunda-feira, 15, a proposta dos países africanos de organizar um debate urgente
na quarta-feira, 17, sobre racismo e violência policial, como parte da
mobilização mundial provocada pela morte de George Floyd por um policial nos
Estados Unidos.
A decisão foi adotada
na retomada da 43ª sessão do Conselho de Direitos Humanos, que foi interrompida
em meados de março devido à pandemia de Covid-19.
Nenhum dos 47 países
membros do organismo da ONU expressou oposição à proposta.
A presidente do CDH, a
austríaca Elisabeth Tichy-Fisslberger, informou que a reunião acontecerá na
quarta-feira às 15h00 locais (10H00 de Brasília).
Este tipo de debate
urgente, organizado durante uma sessão do CDH, permite adotar resoluções mesmo
após o fim do prazo para entregar um projeto de resolução.
Em uma carta escrita em
nome do Grupo de Países Africanos, o embaixador de Burkina Faso na ONU em
Genebra (Suíça), Dieudonné Désiré Sougouri, pediu na sexta-feira ao CDH a
organização de um debate sobre "as atuais violações dos direitos humanos
de inspiração racial, o racismo sistemático, a brutalidade policial e a
violência contra as manifestações pacíficas".
O apelo foi feito
depois que a família de George Floyd, as famílias de outras vítimas de
violência policial e mais de 600 ONGS pediram ao Conselho de Direitos Humanos
para abordar urgentemente o problema do racismo e da impunidade da polícia nos
Estados Unidos.



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