Um estudo publicado
nesta sexta-feira (12) nos EUA, Dia dos Namorados aqui no Brasil, mostra que o
número de norte-americanos sexualmente inativos aumentou nos últimos 20 anos.
De acordo com o trabalho, um terço dos homens heterossexuais de 18 a 24 anos de
idade estão há pelo menos um ano sem transar.
O artigo publicado no
Jama Network Open (https://jamanetwork.com/journals/jamanetworkopen/fullarticle/2767066),
da Associação Médica Americana, diz que a proporção de inatividade, para esses
jovens, aumentou de 18,9%, em 2000/2002, para 30,9% em 2016/2018. Para o sexo
feminino, o impacto não foi tão expressivo (passou de 15,1% para 19,1%). Na
faixa dos 25 aos 34 anos, a taxa dobrou – de 7 para 14% para os homens, e
passou de 7 para 12,6% para as mulheres.
Mesmo quem faz sexo tem
praticado menos – entre os homens de 18 a 24 anos, a proporção dos que transam
ao menos uma vez por semana caiu de 51,8% para 37,4%. Entre as mulheres da
mesma faixa etária, passou de 66,4% para 54,2%. Entre os de 25 a 34 anos, as
taxas diminuíram de 65,3% para 50,3% para eles. E a queda foi parecida para as
mulheres dessa mesma faixa etária (de 66,4% para 54,2%).
Se a vida não está
fácil para os solteiros, a dos casados não está nem um pouco melhor: a
proporção dos que “batem ponto” toda semana caiu de 71,7 para 57,7% entre os
homens, e de 69,1 para 60,9% para as mulheres.
Os dados foram
compilados por pesquisadores do Instituto Karolinska, na Suécia, a partir de
pesquisas realizadas entre 2000 e 2018 com mais de 4.000 homens e 5.000
mulheres. Eles avisam que há algumas limitações, como o fato de contar apenas
com a memória dos participantes, e de não ter definido direito o que é
atividade sexual. Mesmo assim, os resultados chamam atenção, até porque
diversos outros estudos já apontaram tendência semelhante.
Os pesquisadores do
Instituto Karolinska aproveitaram a mesma base de dados para dar um “zoom” na
vida sexual dos jovens de 18 a 24 anos e compará-la com a de outras gerações.
Eles descobriram que a ausência de sexo é mesmo mais frequente entre os
nascidos entre 1990 a 2014. A taxa de inatividade entre eles foi de 15,2%,
contra 11,7% para os nascidos entre 1980 a 1989 e 11,5%, para quem veio ao
mundo na década de 1970.
Além do estresse e do
excesso de trabalho, o uso da tecnologia é o fator mais apontado pelo banho de
água fria na vida sexual das pessoas. Apesar de facilitar encontros via
aplicativos, a internet também suga o tempo das pessoas com excesso de
distrações (inclusive sexuais). Talvez por isso os jovens sejam os mais
afetados por essa estranha tendência.
Taxas de infecções
sexualmente transmissíveis (ISTs) e gravidez indesejada podem cair como reflexo
disso. Mas ainda é cedo para dizermos se a falta de sexo entre os jovens é algo
positivo, ou apenas o reflexo de um problema que também pode ter consequências
negativas.
Se transar já estava
difícil antes do novo coronavírus chegar, a situação deve ter piorado bastante
com o isolamento social. Por isso, se você pode fazer sexo com seu parceiro de
quarentena, aproveite bastante neste Dia dos Namorados, mas não só hoje. Quem
só pode se conectar pela internet pode aproveitar também! Para quem não tem
parceiro nem mesmo à distância, talvez sirva de consolo saber que muita gente
vai querer recuperar o “atraso” quando tudo isso acabar.


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