A Academia de Artes e
Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos, organização que entrega os
prêmios do Oscar, anunciou na sexta-feira (12) que formará um grupo para
desenvolver diretrizes de diversidade e inclusão que os cineastas terão que
cumprir para que seus trabalhos sejam candidatos às estatuetas. A Academia, que
é criticada por homenagear poucos filmes e criadores negros, disse que esta
medida e outras representam uma nova fase de um esforço de cinco anos para
fomentar a diversidade. As regras não se aplicarão aos filmes concorrendo ao
Oscar em 2021.
O grupo informou em um
comunicado que trabalhará com o Sindicato de Produtores da América para montar
uma força-tarefa de líderes da indústria para desenvolver padrões de representação
e inclusão para elegibilidade aos prêmios Oscar até 31 de julho e que
incentivarão práticas de contratação igualitárias nas telas e fora delas. As
críticas à academia se intensificaram em 2015, um ano de concorrentes
exclusivamente brancos nas categorias de atuação.
A entidade reagiu em
parte dobrando o número de mulheres e pessoas negras em suas fileiras de
convidados, mas até 2019 só 32% de seus cerca de 8 mil membros eram mulheres e
só 16% eram pessoas negras. Novos membros serão anunciados no mês que vem.
"Sabemos que
existe muito mais trabalho a ser feito para garantir oportunidades iguais em
todo o setor", disse a executiva-chefe da Academia, Dawn Hudson. "A
necessidade de tratar deste assunto é urgente."
Hollywood vem acertando
as contas com a falta de diversidade e a representação do racismo nas telas em
meio aos protestos contra a morte de George Floyd. No início da semana, o serviço de streaming HBO Max disse que está
tirando "... E o Vento Levou", vencedor do Oscar, de
sua programação temporariamente.



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