O períneo
feminino fica na área localizada entre a entrada da vagina
e do ânus. É uma região bem diminuta, mas não se engane com suas dimensões: ela
é responsável por grandes sensações de prazer e tem tudo a ver com a sua saúde
sexual. Para aproveitá-la bem, siga essas ideias:
1. Explore sua
sensibilidade na masturbação.
A região do períneo é
bastante vascularizada e, por isso mesmo, bastante sensível. Ela fica
inchadinha e ainda mais irrigada quando você está excitada, por isso um bom
momento para explorá-la é durante a masturbação.
Você pode usar os dedos, sempre com suavidade, ou brincar por todo o território
com um bullet, aquela cápsula vibratória em formato de bala. Porém, atenção: se
você for usar esse sex toy ou um vibrador no ânus, mesmo que seja na bordinha,
e depois fazer o trajeto períneo-clitóris, é preciso higienizá-lo antes. Isso
porque bactérias do trato intestinal podem ir parar no canal vaginal, causando
infecções.
2. Brinque com a região
no banho.
Para muitas mulheres, o
banho oferece a chance de sentir melhor — com mais tempo e mais relaxada — cada
cantinho do corpo. A estimulação com o chuveirinho pode ou não fazer parte
desses momentos, mas sempre garante prazer. Acontece que, em alguns casos,
mandar o jato de água diretamente para o clitóris pode ser algo incômodo, ainda
mais se a temperatura da água for extrema (excessivamente quente ou fria). Que
tal, então, direcionar o jato para o períneo? Você pode se sentar no chão com
as pernas abertas e curtir a sensação.
3. Fortaleça-o para
transar mais e melhor.
Nas mulheres, quando o
períneo estiver íntegro e conservado pode ocorrer uma maior contração e
relaxamento dos músculos ao redor da vagina, aumentando o prazer sexual e a
possibilidade de atingir o clímax. Durante o orgasmo, o períneo é responsável
por aumentar e deixar as contrações da vagina mais intensas. Um períneo
"em forma" também evita prolapsos da bexiga, perdas urinárias,
incontinência fecal, diminuição do tônus vaginal, entre outros problemas, além
de aumentar as chances de parto normal e facilitar todo o processo de saída do
bebê.
Para preservá-lo, é
importante fazer os exercícios
de Kegel, também chamados de pompoarismo, que ajudam a
fortalecê-lo e a mantê-lo em plena forma física. Bolinhas Ben Wa e cones
vaginais à venda em sex shops, sob a supervisão de uma fisioterapeuta pélvica,
podem ajudar, mas exercícios caseiros como fingir que segura e solta o xixi
(sempre de bexiga vazia, para descartar o risco de infecções), também são uma
boa estratégia. Quando o períneo é exercitado, a mulher consegue contraí-lo
voluntariamente, o que potencializa o orgasmo e aumenta o prazer do casal.
4. Torne-o o ponto de
partida do sexo oral.
O períneo pode ser uma
zona erógena de imenso valor na hora do sexo oral. Peça para o par para que, em
vez de focar diretamente no clitóris, sugue também os pequenos e grandes lábios
e dedique uma boa atenção com a língua ao seu períneo. Sua excitação vai
atingir o pico máximo! Outra forma de o parceiro estimulá-la é brincar com um
colar tailandês, acessório erótico que tem várias bolinhas de silicone para
introdução na vagina e uma argola na ponta, para puxá-las. Em vez de usar o acessório
para penetração, ele pode adotá-lo para massagear a região do períneo.
5. Cuide bem da área.
Higiene cuidadosa e
visitas constantes ao consultório do ginecologista podem garantir a saúde do
períneo por muito mais tempo. Com o envelhecimento natural e a diminuição de
hormônios, a produção do colágeno diminui, afetando a região e provocando flacidez
vaginal. As avaliações constantes permitirão ao médico
adotar os procedimentos adequados, como reposições hormonais e exercícios
específicos. Se você é do tipo que malha, tome cuidado com traumas na área que
podem causar dores crônicas. Realizadas de maneira exaustiva e rotineira,
atividades como spinning podem provocar danos ao nervo pudendo (principal
inervação da região), causando problemas futuros para o sistema urogenital.
*** FONTES: Alessandro
Scapinelli, ginecologista de São Paulo (SP); Alex Meller, urologista da Unifesp
(Universidade Federal de São Paulo); Nelly Kim Kobayashi, ginecologista e
sexóloga, de São Paulo (SP); Tatiana Presser, psicóloga, sexóloga e autora do
livro "Vem Transar Comigo" (Ed. Rocco), e Thais Plaza, terapeuta
sexual, de São Paulo (SP).

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