Pesquisa realizada pelas
faculdades de Fisioterapia e Medicina da Universidade do Oeste Paulista
(Unoeste) mostra que a maioria dos fumantes brasileiros diminuiu o uso de
tabaco e derivados no período da quarentena. O estudo, intitulado Influência da
Pandemia da Covid-19 no Nível de Dependência a Nicotina e nos Hábitos de
Consumo de Tabaco e Derivados, ouviu 128 pessoas tabagistas.
Segundo a pesquisa, a maioria dos
fumantes, 56,2%, disse ter reduzido o consumo de cigarros ou similares na
quarentena; 37,5% afirmaram que aumentaram o consumo de um a dez cigarros a
mais ao dia; e 6,1% declararam que elevaram o consumo acima de dez cigarros a
mais por dia.
O levantamento mostrou ainda que
46% dos brasileiros tabagistas relataram sentir mais vontade de fumar durante o
período; mas também que 42% disseram estar mais motivados para parar de fumar
no período da pandemia.
“Um ponto interessante é que uma
boa parcela dos fumantes está enxergando a pandemia como uma motivação para
deixar o hábito de fumar, o que reforça que este é um oportuno momento para os
profissionais de saúde intervir e orientar estes indivíduos sobre estratégias
para deixar o cigarro e seus derivados de vez”, destacou a professora de
Fisioterapia da Unoeste Ana Paula Coelho Figueira Freire, uma das coordenadoras
do projeto.
A pesquisa mostrou ainda que os
tabagistas ouvidos têm um elevado grau de conhecimento sobre a relação de
complicações da covid-19 e o hábito de fumar. “Os dados apontam que 77,3% deles
sabem que o consumo de cigarro e derivados podem agravar os sintomas da doença
e levar a maiores complicações”, ressaltou a coordenadora.
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