quarta-feira, 3 de junho de 2020

VÍCIO EM CIGARRO PODE LEVAR À AMPUTAÇÃO DE MEMBROS; ENTENDA...


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Diabetes, obesidade, hipertensão e colesterol alto são fatores que podem agravar o problema.

                

O vício em tabaco é uma prática extremamente prejudicial à saúde vascular. Esse hábito pode até provocar a tromboangeíte obliterante, doença causada pela diminuição gradual de luz no interior das artérias, que leva à obstrução total, impede a passagem sanguínea e pode levar até mesmo à amputação de membros.

"O tabagismo é praticamente o único fator intimamente relacionado. Importante também é a quantidade de cigarros por dia e o tempo de uso – é o que chamamos de carga tabágica – quanto maior, pior a doença”, explica o cirurgião vascular e membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), Dr. Rodrigo Bruno Biagioni.

Diabetes, obesidade, hipertensão e colesterol alto são fatores que podem agravar o problema. O quadro é mais frequente entre homens jovens, de idade entre 20 e 45 anos. Além disso, segundo o especialista, a doença acomete uma mulher a cada três homens. O motivo disso, especula-se, é que justamente pelo fato de que o gênero masculino tem maior incidência de uso da droga. 

Sintomas
Na fase inicial da doença, o principal sintoma apresentado é a dor nas panturrilhas. Alguns pacientes relatam que as mãos e pés costumam ficar em tons arroxeados e constantemente frios. Durante o contato com a água gelada é comum que os membros periféricos fiquem doloridos e pálidos. Com a evolução, que costuma ser rápida, o paciente pode apresentar lesões necróticas nos pés e nas mãos, que podem, ou não, evoluir para amputações.

Tratamento.
O principal e mais eficaz tratamento para a enfermidade é parar de vez com o uso de tabaco. "A doença acomete as pequenas artérias das pernas e braços. Isso faz com que o resultado da cirurgia, para melhorar a circulação, não seja muito efetivo, na maioria das vezes. Usamos também, medicamentos vasodilatadores em alguns casos", diz Rodrigo.

O médico também afirma que em 94% das situações em que os pacientes conseguem largar o vício, as amputações podem ser evitadas. "Mas não se pode perder tempo! Uma vez que as lesões comecem a aparecer, geralmente algum tipo de sequela ou até amputação podem ocorrer", diz.

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