Sim, é normal e está
relacionado ao fim do período menstrual. Geralmente, a menstruação pode durar
até 8 dias e a cor do sangue variar um pouco, sendo mais escura no final, pois
a sua quantidade e velocidade de saída são menores. Além disso, junto ao plasma
também vem um pouco de coágulo, que são bolsas mais espessas de sangue com
cerca de 1 ou 2 cm, e isso pode contribuir para deixar a cor da menstruação
mais escura.
Mas é importante saber
que, frequentemente, o sangue menstrual tem a coloração marrom no começo e no
fim e é mais avermelhado no meio do fluxo. Algumas mulheres que menstruam muito
pouco podem ter o sangue mais escuro todos os dias e não há nada de errado
nisso. A atenção deve ser dobrada caso a menstruação seja muito intensa, tenha
coágulos maiores do que 2 cm, se houver dor ou algum tipo de odor.
Já quando o período
menstrual acabou, mas cerca de um ou dois dias depois ainda sai um pouco de
líquido com a cor mais amarronzada, parecida com a da borra de café, também não
requer grandes atenções. Isso porque esse é um sangue que já foi em parte
metabolizado pelas bactérias da flora vaginal e ficou acumulado no fundo da
vagina. Não é mais a menstruação propriamente dita ocorrendo, mas sim o que
sobrou de sangue daquele período. Então, conforme a mulher se movimenta, ou
pratica alguma atividade física, relação sexual, etc., o sangue vai saindo aos
poucos.
O grande problema está
no incômodo que isso pode causar. Então, o melhor é procurar a ajuda de um
ginecologista para que ele possa investigar melhor e indicar um tratamento ou
algo que possa ser feito para aliviar o desconforto.
***
Fontes: Alexandre Pupo,
ginecologista e obstetra do Hospital Sírio Libanês e Hospital Albert Einstein,
ambos em São Paulo; Bárbara Murayama, ginecologista, especialista em
endoscopia ginecológica pela Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de
Ginecologia e Obstetrícia) e diretora da Clínica Gergin, em São Paulo; Cristina
Laguna Benetti Pinto, coordenadora da Comissão Nacional Especializada em
Ginecologia Endócrina da Febrasgo, e Maurício Abrão, professor
pós-doutor associado e chefe do Departamento de Endometriose da USP
(Universidade de São Paulo) e chefe da ginecologia avançada da BP - A
Beneficência Portuguesa de São Paulo.
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