Palidez, sensação de
fraqueza, falta de ar ao realizar pequenos esforços. Esses são alguns dos
sintomas da anemia, problema que afeta principalmente mulheres em idade
reprodutiva e crianças em fase de crescimento. A condição é caracterizada pela
diminuição dos níveis de hemoglobina (proteína responsável por distribuir
oxigênio pelo corpo) no sangue.
— A anemia pode surgir
rapidamente, de um mês para o outro, ou pode durar meses para ser desenvolvida.
Na maioria das vezes, ela não é uma doença em si, mas a manifestação de que
algo errado está acontecendo no corpo. Se a mulher menstrua mais que o normal,
por exemplo, ela tem mais chance de ter anemia — explica Eduardo Mellen,
hematologista do Hospital Quinta D’Or.
A principal causa de
anemia é a deficiência de ferro no organismo. O nutriente é o grande
responsável pela formação da hemoglobina e sua falta prejudica a produção da
proteína. A manutenção do mineral no corpo pode ser feita através de uma
alimentação balanceada que inclua carne vermelha, ovo, hortaliças verde escuro
(brócolis e agrião), beterraba crua, feijão e aqueles ricos em vitamina C (como
laranja, acerola, morango) que ajudam na absorção do ferro pelo organismo.
O diagnóstico é feito
por meio de um hemograma, exame que detalha a quantidade de cada componente do
sangue. A anemia é constatada quando há menos de 12g/dl (gramas por decilitro)
de hemoglobina no sangue quando mulher, 13g/dl quando homem e 11g/dl quando
gestante ou criança.
Problema eleva risco de
doença cardiovascular.
O tratamento vai
depender da causa da anemia.
— Se for por carência
de nutrientes, basta corrigir o fator carencial, aumentando o consumo de
alimentos ricos em ferro, vitamina B12, vitamina B6, ácido fólico e vitamina C,
que são os principais fatores e cofatores na produção de sangue — orienta o
endocrinologista Jorge Jamili, da clínica Medicina Preventiva e Regenerativa.
Um dos grandes riscos
de quem está anêmico é sofrer de problemas cardiovasculares.
— Quando temos anemia,
nosso corpo tenta compensar a falta de hemoglobinas sobrecarregando o coração,
que vai ter que bombear sangue mais rápido para que o oxigênio chegue a todas
as partes do corpo. Isso pode aumentar a pressão sanguínea do paciente — alerta
Eduardo.
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