Descoberta foi
realizada através de pesquisa canadense.
Você já reparou na
forma como caminha na rua? Quando estamos felizes, nosso passo é mais animado.
Já nos dias mais tensos, ou quando estamos mais preocupados, nosso passo parece
que se arrasta não é verdade? Mas, se o emocional incide sobre a maneira como
nos deslocamos, o contrário também não seria verdade? Ou seja, nosso humor não
pode melhorar se imprimirmos mais ação em nossa caminhada? Uma nova pesquisa,
publicada pelo “Journal of Behavior Therapy and Experimental Psychiatry” aponta
que sim.
O estudo foi realizado
pela Universidade de Queen, no Canadá. Os participantes do estudo foram
estimulados a caminhar como alguém caminha quando está em depressão. Ou de uma
forma animada, própria de alguém quando está feliz. O objetivo foi descobrir se
– e de que forma – o modo de caminhar afetaria a memória.
Para o experimento foi
realizado um sistema de captura de movimento óptico, incluindo 17 câmeras. Os
pesquisadores fizeram uma avaliação da marcha de 47 pessoas. Metade dos
participantes caminhou simulando um estilo de andar depressivo, e a outra
metade caminharam simulando o andar de uma pessoa feliz. Os dois grupos
cumpriram a mesma velocidade e realizaram a experiência sem serem informados do
motivo do estudo.
Durante o tempo na
esteira foi lida uma lista de palavras positivas e negativas, pedindo aos
participantes para avaliar se cada palavra os descrevia. Em seguida, os
participantes foram solicitados a repetir as palavras que conseguiam se
lembrar. Os que haviam imitado uma caminhada deprimida recordaram mais palavras
negativas do que aqueles que caminharam de forma mais animada.
O resultado do
experimento demonstrou que a forma como caminhamos influencia a forma como
processamos as informações. E que o aprimoramento no estilo de andar poderia
ajudar pessoas que estão em se tratando de depressão. Pensamentos negativos que
se fixam na memória fazem com que portadores de depressão se sintam pior,
criando um efeito espiral que pode ser difícil de vencer. Conseguir quebrar
esse círculo vicioso de pensamento pode resultar numa excelente forma de alívio
para os depressivos.
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