Ele é saudável quando
representa somente receio e preocupação.
O ciúme é um sentimento
inerente ao ser humano e chega até a ser saudável, desde que em um grau
considerado aceitável. A intensidade varia de pessoa para pessoa e depende da
situação.
Ele é saudável quando
representa somente receio e preocupação, enquanto não atrapalha, controla ou
machuca. A partir daí, é preciso tomar cuidado porque existe uma linha tênue
que o separa do exagero, da obsessão ou da patologia.
Segundo especialistas,
o ciúme normal desaparece assim como chegou, sem deixar marcas ou grandes conflitos.
Ele é o reflexo da falta de segurança e de experiências negativas vividas
anteriormente, mas não irá interferir no relacionamento de forma avassaladora.
Dentro da normalidade,
o parceiro se sente até valorizado e amado. Na forma exagerada, ele normalmente
parte de pessoas com baixa autoestima, muito inseguras e que apresentam
tendência a fantasiar e antecipar situações de perigo de perder o ser amado.
A manifestação da
emoção deste tipo costuma ser moderada e quem sente tem dificuldade em se perceber
como ciumento. Já o ciúme obsessivo permeia o pensamento de quem sofre com ele
de forma intensa, repetitiva e absurda. A infidelidade, nestes casos, é um fato
que só precisa ser comprovado.
Mesmo tendo consciência
de que é uma emoção infundada, a emoção negativa prevalece e se transforma em
algo controlador, possessivo, abusivo e que causa muito sofrimento para as
partes envolvidas.
Nos casos mais
acentuados, há o ciúme patológico, aquele que move a pessoa a alimentar
suspeitas fantasiosas, a inspecionar obsessivamente as redes sociais e
mensagens do parceiro trocadas com outras pessoas, a exigir atenção exclusiva e
a evitar qualquer encontro social, afinal, todos representam o perigo de roubar
o ser amado. A relação deixa de ser saudável e a vida a dois vira um inferno.
Sem terapia e orientação psicológica, não haverá futuro para o casal.
Em recente enquete
realizada com seus usuários, a
plataforma MeuPatrocínio ouviu usuários de
diferentes faixas de idade e condição social, constatando que a relação está,
por princípio, fundamentada na transparência de objetivos e expectativas e,
consequentemente, na confiança estabelecida entre as partes.
Dos 1.500 membros
consultados, 85% afirmaram que confiam no parceiro e que não permitem que o
ciúme, mesmo que surja em algumas ocasiões, interfira na relação. Partem da
premissa que tudo está às claras, inclusive o comprometimento que se espera do
outro. Para 15%, um pouco de ciúme faz parte e que sentem uma certa
insegurança. Destes, 8% revelam que o sentimento se faz presente,
principalmente no início, quando ainda não conhecem muito bem a pessoa e não
sabem se o parceiro está se dedicando exclusivamente à relação, uma
desconfiança considerada normal, como em outro tipo de relacionamento.
Caio Fernando Abreu,
jornalista e dramaturgo, que morreu em 1996, expressou em uma frase o
sentimento que todos nós já sentimos um dia: “Sinto ciúme quando alguém te
abraça, porque por um segundo essa pessoa está segurando o meu mundo
inteiro”.
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