Pela primeira vez,
cientistas conseguiram cultivar em laboratório células-tronco que se
desenvolvem em espermatozoides. O estudo,
realizado por pesquisadores da Universidade da Califórnia, foi publicado no periódico
PNAS no dia 13 de julho.
A abordagem é um passo
importante para solucionar a infertilidade. Segundo estimativas, o problema
afeta um em cada sete homens em idade reprodutiva em todo o mundo.
"Nossa abordagem é
apoiada por várias técnicas, incluindo a análise de sequenciamento de RNA, e é
um passo significativo para trazer a terapia com essas células-tronco para a
clínica", disse o autor Miles Wilkinson, em um comunicado à imprensa.
No corpo, essas células
especializadas se auto renovam com frequência e se desenvolvem em
espermatozoides ou em outras células do testículos. Segundo os cientistas, elas
podem produzir mais de mil novos espermatozoides em poucos segundos.
A equipe, então, reuniu
o perfil dos genes expressos nessas células-tronco humanas, para fazer
suposições sobre quais seriam as melhores condições que sustentariam seu
crescimento em laboratório. Foram usadas mais de 30 biópsias de testículos
humanos até os pesquisadores determinarem quais eram as condições ideais.
Ao encontrarem, os
cientistas foram capazes de cultivar células humanas com as características
moleculares dessas células-tronco por duas a quatro semanas. "Em seguida,
nosso principal objetivo é aprender a manter e expandir essas células por mais
tempo, para que possam ser clinicamente úteis", disse Wilkinson.
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