Quando se trata de
inovação e obtenção de proteção legal para invenções, as mulheres nos Estados
Unidos avançam lentamente, mas de forma constante, segundo novo estudo do
Escritório de Marcas e Patentes dos EUA (USPTO, na sigla em inglês).
A proporção de patentes
com pelo menos uma mulher nomeada como inventora era de 22% até o final de 2019
em relação a 20,7% em 2016, de acordo com o estudo sobre patentes com pelo
menos um inventor nos EUA. A parcela ainda é pequena, considerando que metade
de todas as patentes são concedidas a inventores estrangeiros, e as mulheres
representam metade da população do país.
As mulheres respondem
por menos de 13% de todos as patentes com origem nos EUA quando se considera
que algumas estão listadas em várias patentes. Mas o número também é maior do
que nos últimos anos.
Apesar da melhora, o
relatório divulgado na terça-feira é o mais recente a analisar o que ficou
conhecido como os "Einsteins perdidos" — mulheres, minorias
sub-representadas e pessoas de nível socioeconômico mais baixo que ficaram de
fora do que poderia ser um fator fundamental para o crescimento financeiro.
Acessar esse potencial
é visto como chave para o contínuo domínio dos EUA em diferentes campos da
tecnologia. As patentes podem formar a base para novos produtos e empresas,
atrair dólares de capital de risco e proteger invenções da concorrência
desleal.
"Para que esse
sistema seja mais eficaz, todos os americanos devem ter a oportunidade de
colher os benefícios pessoais e comerciais de solicitar e receber proteção de
patente", disseram os autores do estudo. O relatório do USPTO é uma
atualização de um estudo divulgado no ano passado para incluir números de 2017
a 2019.
As mulheres inventoras
têm maior presença nos campos de assistência médica e farmacêutica, em linha
com a maior participação no mercado de trabalho desses setores. Entre as
principais empresas americanas com registro de patentes, a Procter & Gamble
tinha a maior média de mulheres inventoras, com 29%, seguida pela Bristol-Myers
Squib e Abbott Laboratories.
Cerca de 41% de todas
as mulheres inventoras e patentes nos EUA se concentravam em apenas quatro
estados — Califórnia, Massachusetts, Nova York e Texas. Esses estados,
juntamente com Washington, representam os cinco maiores estados para
inventores.
Talvez a cifra mais
promissora para diminuir a desigualdade de gênero seja a análise da porcentagem
de novos inventores que permanecem ativos no sistema, obtendo mais patentes em
um período de cinco anos. Para homens que eram novos inventores em 2014, cerca
de 52% permaneciam ativos. Entre as mulheres, esse número era de 46%.
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