FONTE: Marianne Scholze/iG São Paulo, TRIBUNA DA BAHIA.
Manter uma higiene bucal regular,
com escovação e fio dental, é a
medida número 1 para quem quer combater
um dos piores inimigos dos relacionamentos: o mau hálito.
Entretanto, manter uma boca fresca e livre
de odores ruins vai muito além da pasta de dentes e do enxaguante bucal. O que
é ingerido nas refeições, por exemplo, tem efeito direto sobre o hálito.
Isso por que ele é composto pelo ar expirado
após a inspiração que provoca as trocas gasosas fisiológicas, associado às
substâncias eliminadas por via pulmonar. Estas substâncias partem do intestino
para o fígado, para a bile, para o sangue e finalmente para os pulmões, quando
são eliminados pela expiração.
A halitose não é uma doença, mas uma
alteração do hálito que pode ou não estar relacionada a um problema de saúde. O
mau hálito é um sinal de que alguma disfunção orgânica (que requer tratamento)
ou fisiológica (que requer apenas orientação) pode estar em andamento no
organismo.
Aquele bafo matinal, que a maioria das
pessoas tem ao acordar, é uma alteração da condição fisiológica do organismo:
portanto, é normal e não evidencia uma doença.
“A halitose geralmente está
associada, além de má higiene bucal, cáries ou gengivite, a fatores como menor
produção de saliva, pedaços de alimentos retidos entre os dentes, ressecamento
da boca (provocado por jejum prolongado, desidratação, exposição ao ar
condicionado, estresse, uso de medicamentos, respirar pela boca e falar por
muito tempo), consumo excessivo de álcool, doenças digestivas (erupção
gástrica, dispepsia, neoplasias e úlcera duodenal), entre outros fatores”,
explica a nutricionista Tatiana Pizzato Galdino, especialista em Nutrição Clínica e mestre em Gerontologia Biomédica.
Diminuir esses fatores por meio
de uma nutrição adequada e pelo consumo de certos alimentos e bebidas, portanto, é um grande passo rumo a um hálito
fresco – sempre aliado à profilaxia correta dos dentes, gengivas e língua,
claro.
Água.
Beber bastante água pura ao longo do dia (em média dois litros) mantém a boca
umedecida, removendo resíduos alimentares e evitando a formação de placa
bacteriana na língua, o que pode resultar em mau hálito.
Chiclete.
Não é apenas pelo gostinho refrescante que o chiclete ajuda a combater a
halitose. Mascar goma de vez em quando, desde que seja sempre sem açúcar,
também ajuda a aumentar a salivação e manter a boca hidratada.
Iogurte natural.
Semidesnatado ou desnatado e sem açúcar, ele tem baixo teor de carboidratos com baixo índice glicêmico, o que
previne a proliferação bacteriana – combatendo assim a formação de cáries. Além
disso, minimiza a produção do gás sulfídrico, formado em processos fisiológicos
do corpo, e que favorece o mau hálito.
Chá verde.
Consumido sem açúcar ou adoçante, o chá verde e seu sabor amarguinho auxiliam
na produção salivar, impedindo a formação da placa bacteriana na língua.
Entretanto, atenção para o consumo: o chá verde deve ser adicionado ao dia a
dia, mas não deve substituir a água: por ser rico em cafeína, ele pode ter efeito oposto e favorecer a
desidratação.
Chá de boldo e de alecrim.
A ingestão de infusões de boldo e de alecrim (também sem açúcar), principalmente
após refeições gordurosas, além de hidratar, facilita a digestão, prevenindo a
incorreta liberação de gases produzida no intestino pelas vias respiratórias.
Maçã e cenoura.
Consumidos crus, são alimentos ricos em fibras, que estimulam a salivação e
auxiliam na limpeza dos dentes e da língua, impedindo a formação da placa
bacteriana na língua.
Frutas cítricas.
Algumas, como limão, abacaxi, kiwi, morango e maracujá são excelentes para a
manutenção de um hálito saudável. Além de terem ação adstringente e
bactericida, estimulam a salivação, inibindo a proliferação de bactérias na
boca, e estimulam o funcionamento do sistema digestivo. O melhor é consumi-las
sem açúcar, mesmo na forma de suco.
Canela, gengibre e hortelã.
São três exemplos de alimentos com ação antioxidante, adstringente e
termogênica. Assim, estimulam o sistema digestivo, auxiliando a digestão, além
de adoçar e deixar o hálito mais fresco.
Cereais integrais.
A manutenção da glicemia e da
insulina é mais estável com o consumo de alimentos ricos em fibras e em
carboidratos complexos, como pães, macarrão e arroz integrais, o que evita o
mau hálito provocado pela hipoglicemia (ela surge em decorrência do jejum
prolongado), além das fibras favorecerem uma flora intestinal saudável e
estimular o trânsito do intestino.
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