quarta-feira, 17 de julho de 2013

EVITE O MAU HÁLITO COMENDO E BEBENDO...

FONTE: Marianne Scholze/iG São Paulo, TRIBUNA DA BAHIA.

            
Manter uma higiene bucal regular, com escovação e fio dental, é a medida número 1 para quem quer combater um dos piores inimigos dos relacionamentos: o mau hálito.

Entretanto, manter uma boca fresca e livre de odores ruins vai muito além da pasta de dentes e do enxaguante bucal. O que é ingerido nas refeições, por exemplo, tem efeito direto sobre o hálito.

Isso por que ele é composto pelo ar expirado após a inspiração que provoca as trocas gasosas fisiológicas, associado às substâncias eliminadas por via pulmonar. Estas substâncias partem do intestino para o fígado, para a bile, para o sangue e finalmente para os pulmões, quando são eliminados pela expiração.

A halitose não é uma doença, mas uma alteração do hálito que pode ou não estar relacionada a um problema de saúde. O mau hálito é um sinal de que alguma disfunção orgânica (que requer tratamento) ou fisiológica (que requer apenas orientação) pode estar em andamento no organismo.

Aquele bafo matinal, que a maioria das pessoas tem ao acordar, é uma alteração da condição fisiológica do organismo: portanto, é normal e não evidencia uma doença.

“A halitose geralmente está associada, além de má higiene bucal, cáries ou gengivite, a fatores como menor produção de saliva, pedaços de alimentos retidos entre os dentes, ressecamento da boca (provocado por jejum prolongado, desidratação, exposição ao ar condicionado, estresse, uso de medicamentos, respirar pela boca e falar por muito tempo), consumo excessivo de álcool, doenças digestivas (erupção gástrica, dispepsia, neoplasias e úlcera duodenal), entre outros fatores”, explica a nutricionista Tatiana Pizzato Galdino, especialista em Nutrição Clínica e mestre em Gerontologia Biomédica.

Diminuir esses fatores por meio de uma nutrição adequada e pelo consumo de certos alimentos e bebidas, portanto, é um grande passo rumo a um hálito fresco – sempre aliado à profilaxia correta dos dentes, gengivas e língua, claro.
Saiba quais bebidas e alimentos podem ajudar a combater o mau hálito:


Água.
Beber bastante água pura ao longo do dia (em média dois litros) mantém a boca umedecida, removendo resíduos alimentares e evitando a formação de placa bacteriana na língua, o que pode resultar em mau hálito.


Chiclete.
Não é apenas pelo gostinho refrescante que o chiclete ajuda a combater a halitose. Mascar goma de vez em quando, desde que seja sempre sem açúcar, também ajuda a aumentar a salivação e manter a boca hidratada.


Iogurte natural.
Semidesnatado ou desnatado e sem açúcar, ele tem baixo teor de carboidratos com baixo índice glicêmico, o que previne a proliferação bacteriana – combatendo assim a formação de cáries. Além disso, minimiza a produção do gás sulfídrico, formado em processos fisiológicos do corpo, e que favorece o mau hálito.


Chá verde.
Consumido sem açúcar ou adoçante, o chá verde e seu sabor amarguinho auxiliam na produção salivar, impedindo a formação da placa bacteriana na língua. Entretanto, atenção para o consumo: o chá verde deve ser adicionado ao dia a dia, mas não deve substituir a água: por ser rico em cafeína, ele pode ter efeito oposto e favorecer a desidratação.


Chá de boldo e de alecrim.
A ingestão de infusões de boldo e de alecrim (também sem açúcar), principalmente após refeições gordurosas, além de hidratar, facilita a digestão, prevenindo a incorreta liberação de gases produzida no intestino pelas vias respiratórias.


Maçã e cenoura.
Consumidos crus, são alimentos ricos em fibras, que estimulam a salivação e auxiliam na limpeza dos dentes e da língua, impedindo a formação da placa bacteriana na língua.


Frutas cítricas.
Algumas, como limão, abacaxi, kiwi, morango e maracujá são excelentes para a manutenção de um hálito saudável. Além de terem ação adstringente e bactericida, estimulam a salivação, inibindo a proliferação de bactérias na boca, e estimulam o funcionamento do sistema digestivo. O melhor é consumi-las sem açúcar, mesmo na forma de suco.


Canela, gengibre e hortelã.
São três exemplos de alimentos com ação antioxidante, adstringente e termogênica. Assim, estimulam o sistema digestivo, auxiliando a digestão, além de adoçar e deixar o hálito mais fresco.


Cereais integrais.
A manutenção da glicemia e da insulina é mais estável com o consumo de alimentos ricos em fibras e em carboidratos complexos, como pães, macarrão e arroz integrais, o que evita o mau hálito provocado pela hipoglicemia (ela surge em decorrência do jejum prolongado), além das fibras favorecerem uma flora intestinal saudável e estimular o trânsito do intestino.

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