FONTE: Mariana Bueno (www.bolsademulher.com).
Consumo ideal é de um ovo por dia para garantir todos os nutrientes
Por mais de 40 anos, o ovo foi
considerado vilão para quem tem colesterol alto. Nos últimos anos, porém,
diversos estudos ao redor do mundo mostraram que, muito longe de ser um vilão,
o ovo é mesmo um ‘mocinho’. “Por muito tempo, acreditou-se que a ingestão de
alimentos com alto conteúdo de colesterol, entre eles o ovo, tinha relação
direta com os níveis de colesterol sanguíneo e, consequentemente, com a
ocorrência de doenças cardiovasculares. Mas, atualmente, um grande número de
estudos tem mostrado que o conteúdo de colesterol dos alimentos tem pequena ou
nenhuma influência nos níveis de colesterol sanguíneo. Mais ainda, a ingestão
de ovos parece promover uma melhora nos tipos de moléculas de colesterol, o que
pode estar relacionado a outros nutrientes presentes neste alimento, como a
luteína e a zeaxantina, que têm potentes efeitos antioxidantes”, explica a
nutricionista Maria Cristina Morales, da Clínica Bersou, em São Paulo.
Entre os principais nutrientes do
ovo estão proteínas, vitamina A, vitaminas do complexo B, entre elas ácido
fólico e vitamina B12, carotenoides, biotina, colina, fósforo, selênio, gordura
monoinsaturada e colesterol. A nutricionista explica que, devido à sua complexa
combinação de nutrientes, o ovo possui diversos benefícios, como contribuir com
o crescimento e desenvolvimento dos músculos e tecidos, melhora do sistema
imunológico, melhora da função cognitiva e memória, prevenção de doenças
neuro-degenerativas, retardo do envelhecimento celular por seus efeitos
antioxidantes, melhora da pele, unhas e cabelos, formação de hormônios e
vitaminas, redução do risco de câncer, formação de neurotransmissores como a
serotonina, e aumento do HDL.
Estudos recentes afirmam que o
consumo de um ovo ao dia é seguro, traz diversos benefícios e não está
relacionado a doenças cardiovasculares. “O consumo pode ser de várias maneiras,
entre elas cozido, frito, mexido ou na forma de omelete. Porém, alguns cuidados
devem ser observados no preparo. É importante evitar o consumo de ovo cru ou
mal passado, de maneira a minimizar os riscos de uma infecção por salmonela,
bactéria que pode ser encontrada na casca do ovo e que algumas vezes pode
migrar para seu interior. Também é recomendado utilizar, quando necessário,
pequenas quantidades de gordura no preparo. No caso de omeletes, o ideal é
incrementá-los com ervas, temperos, legumes, verduras e queijos magros,
evitando queijos gordurosos e embutidos”, orienta.
Outro mito quebrado é o de que a clara do ovo faz bem, enquanto a gema
faz mal. “Na realidade a maior parte dos nutrientes do ovo encontra-se na gema,
o que a torna um alimento muito rico. Já a clara contém diversos tipos de proteínas
que podem ser reconhecidas como estranhas por nosso sistema imunológico, o que
faz com que o ovo seja um dos alimentos com maior potencial de causar alergias.
A clara deve ser evitada por crianças menores de um ano e pessoas com histórico
de alergias alimentares”, alerta.
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