Alterações em células
específicas da retina podem ajudar a diagnosticar e acompanhar a progressão do
alzheimer, segundo uma nova pesquisa conduzida por cientistas americanos.
O mal de Alzheimer é uma doença degenerativa que afeta os neurônios. Seu sintoma primário é a perda da capacidade de memória.
A equipe de pesquisadores descobriu que camundongos com a doença perderam espessura na camada das células oculares.
Como a retina é uma extensão direta do cérebro, eles acreditam que a perda de neurônios retinais pode estar relacionada à diminuição de células do cérebro devido ao alzheimer.
As descobertas foram reveladas durante uma conferência de neurociência ocorrida nos Estados Unidos.
A equipe prevê que,
futuramente, os oftalmologistas, munidos dos devidos aparelhos, consigam
detectar o mal de Alzheimer durante um exame de vista periódico.
Segundo o estudo dos cientistas, alterações nas células da retina também poderiam ajudar a detectar o glaucoma - que leva à cegueira - e que é considerado uma doença neurodegenerativa similar ao alzheimer.
Scott Turner, diretor do programa de transtornos de memória do Centro Médico da Universidade Georgetown, nos Estados Unidos, afirmou: " A retina é uma extensão do cérebro, por isso faz sentido que os mesmos processos patológicos encontrados no cérebro de alzheimer também sejam observados no olho. "
Turner e sua equipe analisaram a espessura da retina em uma área que anteriormente não havia sido investigada. O estudo incluiu camada nuclear interna e a camada de células ganglionares da retina (um tipo de neurônio encontrado na retina).
Eles concluíram que uma perda de espessura ocorreu apenas em camundongos com mal de Alzheimer. A camada de células ganglionares da retina foi reduzida à metade de seu tamanho e a camada nuclear interna diminuiu em mais de um terço.
"Nossa descoberta sugere uma nova compreensão do processo da doença em seres humanos e pode levar a novas formas de diagnosticar ou prever a doença de alzheimer que poderiam ser tão simples como um exame de vista", explicou Turner.
Segundo o estudo dos cientistas, alterações nas células da retina também poderiam ajudar a detectar o glaucoma - que leva à cegueira - e que é considerado uma doença neurodegenerativa similar ao alzheimer.
Scott Turner, diretor do programa de transtornos de memória do Centro Médico da Universidade Georgetown, nos Estados Unidos, afirmou: " A retina é uma extensão do cérebro, por isso faz sentido que os mesmos processos patológicos encontrados no cérebro de alzheimer também sejam observados no olho. "
Turner e sua equipe analisaram a espessura da retina em uma área que anteriormente não havia sido investigada. O estudo incluiu camada nuclear interna e a camada de células ganglionares da retina (um tipo de neurônio encontrado na retina).
Eles concluíram que uma perda de espessura ocorreu apenas em camundongos com mal de Alzheimer. A camada de células ganglionares da retina foi reduzida à metade de seu tamanho e a camada nuclear interna diminuiu em mais de um terço.
"Nossa descoberta sugere uma nova compreensão do processo da doença em seres humanos e pode levar a novas formas de diagnosticar ou prever a doença de alzheimer que poderiam ser tão simples como um exame de vista", explicou Turner.
Não-invasivo.
Turner acrescentou que, eventualmente, os tratamentos desenvolvidos para frear a progressão do mal de Alzheimer também poderiam ser usados para tratar o glaucoma.
"Esperamos que isso se traduza em pacientes humanos e suspeitamos que o afinamento da retina, assim como o afinamento cortical, ocorre muito antes do início do processo de demência", disse Tuner à BBC News.
"Porém, estudos em humanos ainda são necessários para comprovar nossa tese. O problema é que os biomarcadores principais da doença de alzheimer são muito caros ou invasivos. Já um exame minucioso da espessura da retina - por tomografia de coerência ótica - seria um procedimento barato e não-invasivo".
A causa do mal de Alzheimer , uma das principais causadoras da demência, ainda é desconhecida.
Apesar de ainda não haver cura, médicos acreditam que o tratamento precoce do alzheimer é a maneira mais eficaz para evitar a perda de memória, seu principal sintoma.
Para Laura Phipps, do Alzheimer Research UK, centro de pesquisa para a doença baseado no Reino Unido, há cada vez mais evidências ligando a perda de células da retina ao mal de Alzheimer.
"Diagnosticar a doença de alzheimer com precisão pode ser uma tarefa difícil. Por isso, é vital para continuar investindo em pesquisa para melhorar os métodos de diagnóstico", afirmou Phipps.
Turner acrescentou que, eventualmente, os tratamentos desenvolvidos para frear a progressão do mal de Alzheimer também poderiam ser usados para tratar o glaucoma.
"Esperamos que isso se traduza em pacientes humanos e suspeitamos que o afinamento da retina, assim como o afinamento cortical, ocorre muito antes do início do processo de demência", disse Tuner à BBC News.
"Porém, estudos em humanos ainda são necessários para comprovar nossa tese. O problema é que os biomarcadores principais da doença de alzheimer são muito caros ou invasivos. Já um exame minucioso da espessura da retina - por tomografia de coerência ótica - seria um procedimento barato e não-invasivo".
A causa do mal de Alzheimer , uma das principais causadoras da demência, ainda é desconhecida.
Apesar de ainda não haver cura, médicos acreditam que o tratamento precoce do alzheimer é a maneira mais eficaz para evitar a perda de memória, seu principal sintoma.
Para Laura Phipps, do Alzheimer Research UK, centro de pesquisa para a doença baseado no Reino Unido, há cada vez mais evidências ligando a perda de células da retina ao mal de Alzheimer.
"Diagnosticar a doença de alzheimer com precisão pode ser uma tarefa difícil. Por isso, é vital para continuar investindo em pesquisa para melhorar os métodos de diagnóstico", afirmou Phipps.
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