FONTE: (www.bolsademulher.com).
O problema afeta a vida de muitos casais e pode ter origem genética.
ATENÇÃO: ESTE CONTEÚDO POSSUI TEOR SEXUAL
E É IMPRÓPRIO PARA MENORES DE 18 ANOS.
A ejaculação precoce é uma das
disfunções sexuais mais comuns, atingindo de 20% a 40% dos homens no mundo
todo. No país, destaca-se entre os principais distúrbios masculinos – os
brasileiros estão entre os primeiros no ranking mundial dos mais
"apressadinhos". Um estudo recente, porém, lança uma esperança para
estes homens, a fim de entender melhor e solucionar o problema.
Pesquisadores holandeses da
Universidade de Utrecht indicam que a ejaculação precoce pode estar ligada a
uma variação nos genes e que, por isso, seria possível tratá-la com terapias
genéticas. Segundo a pesquisa, os homens que "chegam lá" mais
rapidamente possuem uma variante (a 5-HTTLPR) que altera os níveis do hormônio
serotonina na região do cérebro que controla a ejaculação.
Mas, como sexo não é um ato que
se pratica só, o problema, é claro, afeta também as mulheres. Quem já passou
pela experiência de dividir a cama com quem não consegue controlar a chegada ao
clímax sexual garante que o relacionamento e a paciência de ambos ficam por um
fio. Então, antes de "lavar as mãos" para o assunto, saiba que a sua
participação ainda é fundamental para a cura da ejaculação precoce.
Sem a presença da parceira, o homem não pode se
tratar com essas técnicas que dependem de uma mudança comportamental do ato
sexual
As dificuldades que essa
disfunção impõe geralmente ultrapassam os limites da cama de casal. Para a
arquiteta Andréa Cardoso, a ejaculação precoce, muito mais do que um problema
sexual, é um horripilante fantasma na vida a dois. “Quando eu era adolescente,
namorei um menino com esse problema. Eu era louca, apaixonada por ele, mas, na
cama, era um inferno. Era só eu encostar que já era”, lembra. Por conta disso,
o relacionamento de Andréa acabou indo por água abaixo. A ejaculação precoce,
entretanto, não atinge exclusivamente os mais jovens. Segundo o sexólogo Décio
Santoro, o problema atormenta homens de todas as idades. “É claro que o homem
de 20 tem um período de latência ejaculatória menor do que um homem de 40, ou
seja, ele chega ao orgasmo mais rapidamente. Mas a ejaculação precoce pode
atingir desde um rapaz de 17 anos até um senhor de 70 anos. Em geral, são pessoas
que sofrem de ansiedade, com um certo trauma de algum impacto de experiências
sexuais anteriores rápidas, por conta de circunstâncias adversas”, explica.
Mas, afinal, o que é ejacular
precocemente? “Existem critérios nos quais os médicos se baseiam para
diagnosticar o problema. De um modo geral, é uma ejaculação persistente ou
recorrente com mínimo de estímulo sexual, antes, durante ou logo após a
penetração e antes de o homem desejar. Mas esses critérios podem variar, de
acordo com a idade, o quão recente é a parceira, a situação em si, valores
culturais e a freqüência da atividade sexual”, comenta o psiquiatra Geraldo
Ballone. Isso explica o fato de que as causas da ejaculação precoce são, na
verdade, uma conjunção de fatores biológicos e emocionais. “Fora os casos
resultantes de cirurgia pélvica, retirada da próstata, que são de origem
física, não existe uma causa única para o problema. Por isso, cada caso deve
ser muito bem estudado”, afirma Geraldo.
Melhorando o desempenho.
O tratamento não é complicado,
desde que o problema seja levado a sério. “Existem estratégias inventadas, como
o homem que, quando sente o orgasmo se aproximar, se abstrai dos estímulos
sexuais, pensando na avó, por exemplo, ou no trabalho. Na verdade, isso
contra-ataca o X do problema, que seria conseguir controlar o tempo certo da
ejaculação sem precisar desses artifícios. Essas terapias caseiras podem,
então, levar a um orgasmo pouco satisfatório ou até piorar o problema, levando
o paciente a evitar situações sexuais, o que é um sofrimento imenso”, diz Décio
Santoro. De um modo geral, as técnicas comportamentais ainda são as mais
indicadas no tratamento da disfunção.
A participação da mulher neste
processo é, segundo os especialistas, essencial. “Sem a presença da parceira, o
homem não pode se tratar com essas técnicas que dependem de uma mudança
comportamental do ato sexual. O tratamento com masturbação apenas não tem um
quinto da eficácia daquele que é feito com a participação da companheira”,
garante Geraldo. “Tudo começa com uma fase de treinamento. Como o importante é
que o homem desenvolva sua sensibilidade sexual para interromper o movimento
quando o orgasmo está próximo, a terapia consiste numa masturbação interrompida
por três vezes. Só na terceira ele pode ejacular. Depois, esse número cai para
dois e só então começa a terapia na relação sexual. Aí, é preciso que o casal
tenha habilidade para diminuir o coito e desenvolver uma abordagem bastante
ampla da expressão sexual”, explica o sexólogo.
Por isso, a intimidade, o amor e a vontade de vencer o problema devem
estar acima de tudo. Segundo os terapeutas, também é preciso que cada passo
seja avaliado de maneira positiva pelos dois para que, assim, o homem se sinta
ainda mais estimulado e cada vez menos ansioso. Porque, de rápida, já basta a
vida.
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