sábado, 2 de novembro de 2013

SAIBA O QUE LEVA UM HOMEM A FALHAR NA HORA H E COMO AGIR...

FONTE:   Marianna Feiteiro (www.bolsademulher.com).

Problema pode ter origens físicas, mas fatores psicológicos são determinantes para tratamento bem sucedido.

     

Atenção: Esta matéria contém teor sexual e é imprópria para menores de 18 anos.
Disfunções sexuais masculinas são um assunto delicado. Apesar de quase metade dos homens brasileiros (48%) sofrer com alguma delas, poucos conseguem admitir. Isso porque, para a grande maioria, o desempenho na cama interfere diretamente na autoestima. “Para o homem, a parte sexual é muito importante. Se ele teve mil relações bem sucedidas e na milésima primeira ocorreu algum problema – não conseguiu ter ereção ou teve ejaculação precoce –, ele vai sempre se lembrar dessa milésima primeira vez e se perguntar ‘será que da próxima vez será do mesmo jeito?’”, afirma o clínico geral Dr. Carlos Eduardo Prado Costa, membro da Sociedade Internacional de Medicina Sexual.
São chamadas disfunções sexuais masculinas a disfunção erétil, ou seja, impossibilidade de ter ou manter uma ereção, perda de libido e ejaculação precoce, e são muitos os fatores que contribuem para que ocorram:
Disfunção erétil: para que o homem tenha ereção, é preciso, primeiro, que ele seja estimulado. O estímulo começa no cérebro e é transmitido até o órgão sexual através dos nervos. Uma vez excitado, o pênis necessita de uma grande quantidade de sangue para que fique e permaneça ereto. Portanto, os principais problemas físicos que podem interferir na ereção são os cardiovasculares e o diabetes. O primeiro compromete a circulação e dificulta a chegada do sangue até o pênis. Já o segundo pode comprometer o sistema nervoso, atrapalhando o envio de estímulos ao órgão, além de também interferir na circulação do sangue. É por isso que, atualmente, as disfunções sexuais, particularmente a erétil, representam um indicativo de outras doenças no homem. Sendo uma função que exige muito do sistema cardiovascular, os fatores que apresentam risco e devem ser tratados são o sedentarismo, a obesidade, o tabagismo, o uso abusivo de álcool e colesterol e triglicérides elevados.
Perda de libido: esta disfunção pode estar relacionada a alterações hormonais. A partir dos 45 anos, o homem passa a ter uma redução natural dos níveis de testosterona causada pelo envelhecimento, o que provoca a perda de desejo sexual. No entanto, o problema pode acontecer precocemente devido a algumas alterações glandulares, que também afetam os níveis de testosterona, como, por exemplo, distúrbios nas glândulas suprarrenais, que podem causar aumento da pressão arterial e do colesterol ruim, estimular a produção de alguns hormônios androgênicos e, inclusive, contribuir para a elevação do estrogênio (hormônio feminino). É uma disfunção, portanto, muito ligada ao sistema endócrino.
Ejaculação precoce: segundo o Dr. Carlos, o tempo que cada homem leva para ter uma ejaculação é muito pessoal e algo que já está determinado no nascimento. “É como a capacidade que cada pessoa tem para suportar dor”, compara. O controle da ejaculação está ligado ao sistema nervoso central, que serve de modulador, ora inibindo, ora acelerando o processo. O problema pode ser tratado com medicamentos.
Outras doenças e tratamentos também podem influenciar no correto funcionamento do sistema sexual masculino, como doenças de próstata, câncer de intestino grosso e reto, doenças do fígado e problemas na tireoide.
Além disso, o fator psicológico é determinante. “Esses problemas nem sempre partem de uma questão psicológica, porém, todo problema sexual desencadeia um quadro de ansiedade tal que pode gerar problemas psicológicos de grandes proporções”, afirma o Dr. Carlos. De acordo com ele, o paciente pode até obter um bom resultado no tratamento físico para um determinado tipo de disfunção, mas se não trabalhar seu lado psicológico, nunca vai adquirir a confiança necessária para ficar livre do acompanhamento médico. “Temos que lembrar que o homem ainda tem no funcionamento do pênis o seu medidor de masculinidade e potência”, explica.
Além de criarem uma “bola de neve”, muitas vezes impossibilitando a cura completa do problema, os fatores psicológicos podem também ser a causa destas disfunções. Segundo explica Dr. Carlos, as preocupações do dia a dia e a ansiedade podem afetar tanto a vida sexual do homem quanto da mulher. “Algumas vezes, os problemas e desafios são tão imensos que o sujeito passa a liberar hormônios que vão aumentar a pressão arterial e o trabalho cardíaco, através do mecanismo de vasoconstricção arterial, ou seja, contração das artérias. Isso vai afetar sua vida sexual, principalmente a qualidade da ereção, e, a partir do momento que afeta a vida sexual, a ansiedade toma conta, e o sujeito passa a se ver como impotente para todas as situações, inclusive para a sua válvula de escape, que é o sexo”, esclarece.
Tanto as disfunções de origem física quanto as de origem psicológica têm tratamento e podem ser curadas. A parceira, ao se deparar com esse tipo de situação, deve adotar a postura mais cuidadosa e compreensível possível. É comum que o homem, uma vez que percebeu que sofre de algum tipo de disfunção, passe a evitar o sexo por simples medo de “falhar”. “Não aborde com gracinhas ou desconfiança. Muitas vezes a parceira desconfia de traição ou perda de interesse e também se afasta, ou fica irritada, cobrando explicações sobre a suposta infidelidade do parceiro. Converse e encare o problema de frente, sem piadinhas ou piedade”, aconselha o especialista.
O procedimento correto é buscar ajuda de um profissional que consiga avaliar a causa do problema e cortar o mal pela raiz. O tratamento pode variar desde o controle da pressão arterial ou diabetes até medicação mais específica, através de vasodilatadores ou reposição hormonal. Mas calma: não precisa se preocupar logo de cara! Se seu parceiro teve perda de ereção uma vez, não quer dizer que ele esteja com algum problema de saúde. O Dr. Carlos explica que é comum, por exemplo, que o homem perca a ereção na hora de colocar o preservativo. “Isso acontece porque o sujeito tem que dar uma freada naquele clima sensual para se concentrar em colocar a camisinha, e aí, dependendo da pressa, é liberada adrenalina, e a ereção começa a ceder. O melhor é que o casal comece tudo de novo sem pressão. A parceira também pode ajudar colocando a camisinha de forma carinhosa e sensual”, indica.
Álcool x ereção.
Segundo o especialista, a crença de que bebida alcoólica atrapalha o desempenho sexual do homem não é mito. “Existem até pacientes que sofrem de ejaculação precoce e costumam consumir álcool para segurar por mais tempo”, diz. Ele explica que, de fato, na primeira hora após o consumo de bebida alcoólica existe um retardamento da ejaculação, o que pode parecer positivo para algumas pessoas. No entanto, da segunda hora em diante, o sujeito passa a ter dificuldade em manter a ereção. Além disso, o uso crônico e excessivo do álcool afeta o fígado, o que, indiretamente, compromete a produção da testosterona, prejudicando a capacidade de ereção.
Segundo ele, o desempenho sexual masculino começa a ficar comprometido após a ingestão de três latinhas de cerveja ou uma dose de uísque puro – se misturado com água ou soda, acontece a partir de duas doses.

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