Variações grandes nas
medições de pressão arterial feitas entre uma consulta e outra estão associadas
a doenças cardiovasculares e óbito, de acordo com a descoberta de um novo
estudo.
Os pesquisadores
usaram dados de mais de 25 mil participantes de um estudo sobre medicamentos
contra a hipertensão. Eles mediram a pressão arterial dos participantes sete
vezes entre o sexto e o 28o mês de estudo. Em seguida, acompanharam os
pacientes durante um período médio de 2,8 anos. O estudo foi publicado no
periódico Annals of Internal Medicine.
Em comparação com os
participantes cujo nível de variação estava no quintil mais baixo, estar
posicionado no quintil mais elevado indicava uma probabilidade 30 por cento
maior de morrer de doenças cardiovasculares ou de ter um ataque cardíaco não
fatal, o risco de ter um derrame aumentou 46 por cento, de insuficiência
cardíaca, 25 por cento e de morte por qualquer causa, 58 por cento. Os
pesquisadores levaram em conta os fatores idade, sexo, raça, tabagismo e
diabetes, entre outros.
O estudo descobriu
uma associação, mas não uma relação de causa e efeito.
"Geralmente
usamos a média da pressão arterial como indicador, pois a redução desse número
leva à redução do risco. As oscilações ficam de lado. Porém, a variação da
pressão arterial parece ser um fator sólido de risco de doenças
cardiovasculares e talvez seja importante que os médicos a analisem",
afirmou Paul Muntner, principal autor e professor de Epidemiologia da
Universidade do Alabama, em Birmingham.
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