FONTE: Yuri Abreu, TRIBUNA DA BAHIA.
Os principais municípios com registro da doença
são Salvador, Feira de Santana, Ilhéus, Lauro de Freitas e Vitória da
Conquista.
Entre
janeiro e junho deste ano, o número de ocorrências de tuberculose foi de 771,
com 19 mortes. Em comparação com o mesmo período de 2015, os registros tiveram
uma queda de 10%. Na Bahia, segundo dados da secretaria de saúde estadual
(Sesab), foram registrados, nos últimos três anos, 11579 casos, sendo pouco
mais de 2.200 até o dia 2 de agosto. Em 2015, foram 4525 registros, contra 4853
um ano antes. Uma queda de 7%.
Os
principais municípios com registro da doença são Salvador, Feira de Santana,
Ilhéus, Lauro de Freitas e Vitória da Conquista. Com relação ao número de
mortes, até junho deste ano foram 146. Em 2014 e 2015, o número foi superior a
360. Já na capital, segundo a Secretaria de Saúde do Município (SMS), foram
registradas 1.714 ocorrências, com 105 mortes. Por outro lado,
De
acordo com o médico Infectologista e Epidemiologista, Eduardo Mart, o paciente
deve começar a ficar atento se a tosse com secreção persistir por mais de duas
semanas. Outros sintomas podem incluir febre vespertina, suor noturno,
calafrios e perda de peso.
Dentre
os fatores que podem ajudar a desenvolver a doença, ele aponta que o risco
maior vai para aquelas pessoas que estão com as defesas do sistema imunológico
em baixa.
“Pessoas de maior idade ou que estão tomando medicamentos
imunossupressores [para quem passou por um transplante] ou a base de
corticóide. estão mais propensos, assim como aqueles que portadores do vírus
HIV”, disse Mart, que também é pesquisador do Instituo Brasileiro para
Investigação da Tuberculose (IBIT), um dos principais centros de referência no
assunto.
Ainda
dentro desse grupo, ele inclui os moradores de rua, a população carcerária e os
índios que, segundo o especialista, tem mais dificuldades de acesso ao sistema
de saúde e buscar o tratamento, cuja duração dura em torno de seis meses à base
de medicamentos.
“Ela é
uma doença agressiva, mas o tratamento é eficaz e combate a doença. A questão é
que o paciente precisa cumprir todas as etapas até o fim. Porém, tem gente que,
com apenas um mês tratamento já sente melhora e acaba abandonando a medicação”,
salientou.
Isso,
para o especialista, representa um risco, uma vez que a doença pode voltar com
uma força ainda maior e a medicação já não mais surtir o efeito esperado, por
conta da resistência da bactéria. Dentre os exames que podem ser realizados
para a detecção da tuberculose estão o exame de escarro – quando o paciente tosse
e o catarro é examinado em laboratório – e a cultura do que foi expectorado. A
diferença é que o primeiro, apesar de ser menos sensível que o segundo, tem o
resultado divulgado mais rapidamente e o tratamento pode ser iniciado de
imediato.
Por
ano, no IBIT – que fica no bairro da Federação, em Salvador – são atendidos
cerca de 300 casos, sendo 80% de tuberculose pulmonar. De acordo com o
infectologista, se não tratada, a doença pode atingir outras partes do corpo
como olhos, ossos e o intestino. Além do IBIT, o Hospital Octávio Mangabeira,
no Pau Miúdo, e o Lacen são indicados para a realização do exame que detecta a
tuberculose.
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