sábado, 30 de setembro de 2017

ATENÇÃO À FREQUÊNCIA DA SUA DOR DE BARRIGA...

FONTE: Ana Bardella,(http://anamaria.uol.com.br).


Vinte e cinco milhões de brasileiros sofrem com esse sintoma e nem imaginam que o intestino solto pode esconder até um câncer na região.


Recentemente, uma pesquisa realizada pelo Datafolha em parceria com a biofarmacêutica AbbVie revelou: diarreia é um problema mais comum do que se imagina. De acordo com os dados, 25 milhões de brasileiros acima de 16 anos são afetados por esse sintoma. Mas nem todos tratam do assunto com seriedade. Tanto é que 4 em cada 10 pessoas recorrem aos medicamentos caseiros para aliviar o incômodo e 2 em cada 10 ingerem remédios sem prescrição médica. “A automedicação não trata a raiz do sintoma, que pode voltar a se manifestar”, alerta Flávio Steinwurz, gastroenterologista da Associação Brasileira de Prevenção de Câncer Intestinal. Para o especialista, a diarreia pode ser considerada frequente em duas situações: caso se estenda por mais de 20 dias ou se tiver curta duração, mas retornar várias vezes (por exemplo, a cada 15 dias). Nesses casos, algo pode estar errado no organismo. Nesta matéria, apresentamos os males que despertam esse incômodo.

Doença de Crohn e retocolite.
Ambas são doenças inflamatórias que acometem o intestino. Seus sinais podem sumir por algum tempo, dificultando o diagnóstico. “Ainda não se sabe o que leva ao aparecimento desses males e, por isso, não há cura”, explica Steinwurz. Mas existe tratamento e, quanto mais cedo ele começar, menores os danos para o corpo. Atenção aos sintomas: a doença de Crohn pode resultar em dores abdominais, emagrecimento, diarreia, febre e sangue nas fezes. No caso da retocolite ulcerativa, a pessoa passa a evacuar com sangue e sofre de diarreia com muco (secreção gelatinosa).

Parasitose.
Há diversos tipos, cada um deles causado por um verme específico. “A doença é mais comum em condições insatisfatórias de saneamento básico”, esclarece o gastroenterologista. Também não são todos os tipos de parasitas que podem soltar o intestino e provocam diarreia. Os que geram esse sintoma são a amebíase, a estrongiloidíase, a teníase (lombriga) e a ascaridíase. Geralmente, esse sinal também vem acompanhado de falta de apetite. Em alguns casos também é possível notar a presença dos vermes nas próprias fezes. Na dúvida, procure um médico.

Síndrome do intestino irritável.
Não é considerada uma doença, mas sim uma disfunção – e ocorre porque a coordenação motora do intestino fica desregulada.

Provoca dor abdominal e intestino solto. Pode estar associada a problemas emocionais ou alimentares – sabe-se que alimentos com alta concentração de sal, açúcar ou cafeína estimulam os movimentos peristálticos (responsáveis pela eliminação das fezes).

Também pode estar relacionada a intolerâncias alimentares. A mais comum é a lactose, quando o indivíduo não dispõe de enzimas suficientes para digerir o açúcar do leite (lactase) e por isso passa a sentir os desconfortos.

Doença celíaca.
Diferentemente da intolerância, que gera um mal-estar passageiro, trata-se de uma complicação que pode causar danos graves à saúde. Ela acontece quando o organismo entra em contato com o glúten (componente usado em produtos alimentícios) e desenvolve um problema imunológico. Devido à falha, atrofia as paredes do intestino, que perde sua capacidade de absorver os nutrientes. A maior parte dos casos é descoberta durante os primeiros anos de vida, graças à diarreia e dor abdominal.

Diverticulite.
Trata-se de uma inflamação do divertículo – espécie de “hérnia” localizada na parte baixa esquerda do abdômen. É mais comum em pessoas acima dos 45 anos de idade. Nem sempre dá diarreia, mas costuma provocar dor na região afetada. O tratamento é feito através de antibióticos.

Câncer de intestino.
Apesar da seriedade da doença, pode ser silencioso – ou seja, não apresentar sintomas. O ideal é fazer a prevenção por meio da colonoscopia – indicada para quem tem mais de 50 anos (ou acima de 40, em caso de histórico familiar de câncer de intestino ou de mama). Assim, se os profissionais detectarem a presença de pólipos (lesões) que podem se transformar em tumores no futuro, é feita a retirada do tecido durante o próprio exame. Somente nos casos mais avançados, quando o câncer já se desenvolveu, pode ocorrer emagrecimento, dor abdominal e possivelmente diarreia também.

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