FONTE: Do VivaBem, http://vivabem.uol.com.br
Há muito tempo o
anticoncepcional para homens é aguardado. Agora, cientistas australianos da
Universidade de Monash acreditam ter desenvolvido uma opção que oferece
controle de natalidade seguro e efetivo sem efeitos colaterais a longo prazo.
A nova droga não é
hormonal e está focada em duas proteínas que desencadeiam o transporte de
esperma, impedindo-o de deixar o corpo --pelo menos em ratos. Mas agora os
pesquisadores querem ampliá-lo para humanos, com ajuda de novos financiamentos
da Iniciativa de contracepção masculina.
Em ratos, a equipe
mostrou que as proteínas α1A-adrenoceptor e P2X1-purinoceptor podem ser
excluídas com segurança, resultando em 100% de infertilidade, sem afetar o
desempenho sexual. "Estamos nos aproximando do desenvolvimento de um
anticoncepcional masculino bucal, seguro e eficaz, não hormonal, que pode ser
facilmente revertido", disse Sab Ventura, autor principal do estudo.
Até então, o
desenvolvimento de uma pílula masculina hormonal estava paralisado por causa de
efeitos colaterais irreversíveis a longo prazo na fertilidade e no desejo
sexual, sem mencionar o potencial de causar defeitos congênitos.
"As estratégias anteriores se concentraram em alvos hormonais ou mecanismos que produzem esperma disfuncional incapaz de fertilização, mas também muitas vezes interferem na atividade sexual masculina e causam efeitos irreversíveis de longo prazo sobre a fertilidade", disse Ventura. Agora, com essa abordagem não hormonal, os espermatozoides não são afetados e a contracepção provavelmente será facilmente reversível, quando a medicação for interrompida.
Segundo os
pesquisadores, já existe uma pílula no mercado que bloqueia o adrenoceptor α1A
como tratamento para uma condição chamada hiperplasia prostática benigna ou
próstata alargada. O próximo passo na pesquisa é desenvolver a pílula para
bloquear a segunda proteína. Se essa etapa for bem-sucedida, a equipe procurará
iniciar ensaios clínicos, estimando que, se tudo correr bem, a droga pode estar
no mercado em apenas 5 a 10 anos.
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