A falência de um órgão
pode ser fatal em muitos casos, mas, de acordo com uma série de pesquisas, seus
rins, coração e fígado têm mecanismos naturais para se proteger do quadro.
Publicada em 29 de
março na revista Trends in Molecular Medicine, uma revisão de vários artigos
aponta que dois conjuntos de células respondem rapidamente e trabalham juntas
para restaurar um órgão que não funciona ou que está falhando.
O
que o estudo revelou.
De acordo com a
revisão, primeiro, as células sobreviventes entram em ação, trabalhando para
manter o órgão funcionando enquanto células semelhantes a um tronco substituem
o tecido danificado;
Além da regeneração
celular comum, as células de órgãos específicos, como o coração, os rins ou o
fígado, são programadas para realizar tarefas específicas, somente células
semelhantes são capazes de rapidamente dividir e substituir tecidos
danificados;
A célula específica
então replica o seu DNA, mas não se divide, o que é um processo conhecido como
endorreplicação. Ao fazer isso, a célula ainda é capaz de funcionar;
Simultaneamente, ou
logo após as células terem endorreplicado, você tem as células semelhantes a um
tronco se dividindo rapidamente para reabastecer o tecido perdido.
De acordo com os
pesquisadores, cada órgão responde uma forma diferente. O coração tende a ter
menores densidades de células semelhantes a caules do que o fígado, por
exemplo, o que significa que o coração responde à falência de órgãos em grande
parte com a endorreplicação de células especializadas e em menor grau com a
regeneração celular.
No futuro, a equipe
espera aplicar essas informações ao desenvolvimento de tratamentos para
insuficiência aguda de órgãos. "Atualmente, não temos medicamentos
específicos para insuficiência aguda de órgãos, porque tentar encontrar uma
solução era totalmente impossível. Agora, podemos dar o próximo passo",
explicou Paola Romagnani, principal responsável pela revisão.
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