terça-feira, 2 de abril de 2019

HOSPITAL FILMA SEM AUTORIZAÇÃO CIRURGIAS GINECOLÓGICAS DE MAIS DE 1500 MULHERES...


FONTE: Buzzfeed Notícias,https://leiamais.ba



Caso aconteceu em San Diego, Califórnia, nos Estados Unidos.

Oitenta e uma mulheres estão processando o Hospital Sharp Grossmont, em San Diego, Califórnia, depois de descobrirem que foram gravadas secretamente por câmeras escondidas instaladas nas salas de cirurgia de ginecologia do hospital, segundo uma processo que corre na Suprema Corte da Califórnia.

Segundo o processo, cerca de 1.800 mulheres foram filmadas nas três salas de cirurgia do Centro de Mulheres do hospital de julho de 2012 a junho de 2013.

As câmeras de detecção de movimento filmaram nascimentos, cesarianas de emergência, abortos espontâneos, esterilizações e muitos outros procedimentos.

Os vídeos mostravam os rostos das mulheres quando elas entravam nos quartos do hospital para suas operações. Algumas aparecem tirando a roupa. Há também quem estivesse inconsciente durante a cirurgia. Nenhuma das mulheres foi informada de que estava sendo gravada.

"É uma violação chocante da privacidade do paciente", disse Allison Goddard, a advogada que representa as mulheres no caso. "Conversei com centenas de mulheres. A resposta é quase universal: elas simplesmente não conseguem acreditar que isso aconteceu."

As câmeras estavam instaladas em carrinhos de anestesia nas salas de cirurgia por conta de uma suspeita de furto de medicamentos no hospital, disse o porta-voz da Sharp Grossmont, John Cihomsky. "O objetivo das três câmeras era garantir a segurança do paciente ao descobrir por que medicamentos estavam sumindo dos nos carrinhos", disse Cihomsky.

Devido ao processo em andamento, Cihomsky se recusou a comentar mais sobre o caso.

Allison Goddard disse que espera a adesão de mais mulheres ao processo.

Além da invasão de privacidade envolvida em filmar as mulheres sem consentimento, a ação também acusa o hospital de ter sido "negligente" no armazenamento e no acesso às gravações.

Os vídeos foram armazenados em computadores de mesa, de uso geral, alguns dos quais não eram protegidos por senha, de acordo com a ação. Além disso, o hospital não registrou quem acessou as gravações, ou quando ocorreram esses acessos.

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