Especialistas
afirmam que peso e até mesmo o estresse causado pelo trabalho podem ter impacto
na fertilidade.
Se um dos projetos do
casal é aumentar a família, é bom estarem atentos à rotina e ao histórico de
tentativas. De acordo com os médicos Maria Cecília Erthal e Paulo Gallo,
diretores do Vida – Centro de Fertilidade, a reserva de óvulos da mulher começa
a diminuir consideravelmente a partir dos 35 anos, tornando-se mais preocupante
para a fertilidade após os 40.
Ainda assim, segundo os
especialistas, a idade das futuras mães não é o único agravante quando o
assunto é gravidez. Outros fatores, comuns a homens e mulheres, podem
prejudicar o organismo e adiar o plano de ter um bebê.
Alguns descuidos podem
dificultar esse processo mesmo nos anos mais férteis. Além de recomendarem um
dia a dia mais tranquilo, prática de atividades físicas e boa hidratação para
que reações químicas aconteçam no corpo de forma adequada, os especialistas
alertam sobre cinco razões que podem implicar nas chances de gravidez:
Peso.
Excessos podem
prejudicar a gestação, e a obesidade altera o metabolismo dos hormônios esteroides
sexuais. Nas mulheres ocorre o aumento da produção de estrogênio tanto pelo
ovário quanto pelo tecido adiposo. Isso pode provocar irregularidade ou
ausência menstrual, dificultar a implantação do embrião e aumentar a chance de
abortos espontâneos. Já nos homens, provoca a dilatação anormal das veias
testiculares, inibindo a produção de espermatozoides.
Magreza excessiva em
mulheres também afeta as chances de engravidar, e o ideal é manter o IMC acima
de 17 Kg/m2. A falta de peso interfere na produção hormonal, diminuindo a taxa
de estrogênio no organismo e podendo levar a perturbações no ciclo menstrual e
ovulatório, causando dificuldade de concepção.
Genética.
Existem algumas doenças
genéticas, principalmente as que são vinculadas aos cromossomas sexuais, que
prejudicam a produção dos espermatozoides, como a síndrome de Klinefelter.
Alterações genéticas na
mulher podem causar abortos de repetição, sendo considerados um problema após a
ocorrência do terceiro consecutivo. O ideal é buscar um tratamento de reprodução
assistida para que sejam transferidos somente embriões geneticamente normais.
Produtos químicos.
Algumas substâncias
presentes em produtos domésticos podem ser tóxicas se manuseadas com frequência
e, assim, afetar a fertilidade feminina. Estão na lista produtos de limpeza,
tintas, alimentos com corantes, solventes, esmaltes para unhas, cosméticos e
tinturas para cabelo. Fique de olho se a composição tem formaldeído, éter,
percloroetileno ou tolueno, que podem causar menstruação irregular, malformação
fetal e abortos espontâneos.
Profissões.
Alguns trabalhos podem,
indiretamente, interferir na fertilidade. Em especial aqueles com exposição
excessiva a altas temperaturas ou poluentes ambientais, como produtos químicos
que evaporam em temperatura ambiente, que apresentam riscos que para
metalúrgicos, motoristas de ônibus que têm o motor do lado da cadeira de
direção e profissionais que lidam frequentemente com formol. O ideal é
conversar sobre o assunto com um especialista para saber se profissão está
diminuindo as chances de gravidez.
Falta de vitaminas.
A vitamina C é um
potente antioxidante que protege o organismo de substâncias tóxicas,
favorecendo a qualidade dos óvulos. Da mesma forma, a vitamina E melhora a
parede do útero e garante uma placenta mais forte. Para os futuros pais,
estudos mostram que essas substâncias ajudam na mobilidade e concentração dos
espermatozoides.
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