Ao menos 10 pessoas
morreram nos últimos 12 dias na montanha.
O Monte
Everest, o mais alto do mundo, tem registrado tragédias consecutivas. Nos
últimos 12 dias, 10 pessoas morreram tentando escalar a
montanha, que fica na Cordilheira do Himalaia, entre o Nepal e o
Tibete, na China.
As duas vítimas mais
recentes são um britânico e um irlandês, cujos
falecimentos foram confirmados no sábado (25). As mortes levantaram suspeitas e
denúncias de uma superlotação no Monte Everest nesta temporada, iniciada em 14
de maio - o período entre o fim de abril e o mês de maio é considerado mais
vantajoso para a escalada devido às condições meteorológicas-. Guias locais,
alpinistas e turistas acusam as autoridades do Nepal de concederem um número
recorde de permissões para escaladas nesta temporada: foram 381 permissões, ao
preço de US$ 11 mil por pessoa.
Como cada titular de
permissão é acompanhado por um guia, passa de 750 o número de pessoas na rota
para a escalada. Somente na última quinta-feira (22), 123 pessoas alcançaram o
cume do Monte Everest, a 8.848 metros de altura. Uma foto publicada no
Instagram por um alpinista, Nirmal Purja, mostrou uma multidão de 320 pessoas,
em fila, tentando escalar a montanha naquele dia. Viralizando nas redes
sociais, a imagem expôs a crise. A superlotação gera filas e
engarrafamentos de até 12 horas em áreas de risco, entre elas a chamada
"zona da morte". A exposição por longo período a condições extremas e
a um fluxo de oxigênio escasso pode levar à morte.
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