Em
nota, pasta diz que procedimento é 'comum e feito em países como os Estados
Unidos'.
O Ministério da Saúde
quer reaproveitar um inseticida com validade vencida e que apresentou problemas
para ser usado nas campanhas deste ano contra o mosquito Aedes aegypt,
transmissor da dengue, zika e chicungunha. A pasta enviou amostras do produto
para um laboratório credenciado pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS),
instituição vinculada à Organização Mundial da Saúde (OMS), na tentativa de
utilizá-lo.
Em nota, a pasta
afirmou ainda que o "procedimento de redefinir prazos de validade é comum
na Administração Pública e feita em países como os Estados Unidos." A
informação foi revelada pela "Folha de S.Paulo" e confirmada ao GLOBO
pelo Ministério da Saúde.
O produto foi comprado em 2016 como uma medida de urgência contra o surto de zika , mas não foi utilizado por completo e perdeu a validade. De acordo com o ministério, havia uma previsão de epidemia das doenças transmitidas pelo aedes em 2017 e 2018 mas elas não ocorreram. Por esse motivo, o produto teve uma baixa procura e venceu, informou a pasta.
Inseticida já tinha problemas.
Além das questões relacionadas ao vencimento do produto, há outro problema: de acordo com o próprio Ministério da Saúde, o inseticida teria apresentado características não esperadas, como empedramento e cristalização.
Em 2016, quando houve a compra, a pasta informa ter adquirido 1,65 milhão de litros do Malathion, fabricado pelo laboratório Bayer. No ano seguinte, após identificar os problemas, suspendeu a entrega e o pagamento de 699 mil litros do total comprado, além de solicitar a reposição de cerca 400 mil litros do inseticida, dos quais 105 mil já foram recolhidos e devem ser restituídos em junho deste ano.
O laboratório Bayer não respondeu ao GLOBO até a publicação desta matéria. À "Folha de S. Paulo", a empresa negou que o produto apresentasse defeitos e afirmou que concordou em substituir os 104.800 litros do produto em atitude colaborativa de forma a contribuir com as autoridades de saúde pública.
*Estagiário, sob coordenação de Francisco Leali.
O produto foi comprado em 2016 como uma medida de urgência contra o surto de zika , mas não foi utilizado por completo e perdeu a validade. De acordo com o ministério, havia uma previsão de epidemia das doenças transmitidas pelo aedes em 2017 e 2018 mas elas não ocorreram. Por esse motivo, o produto teve uma baixa procura e venceu, informou a pasta.
Inseticida já tinha problemas.
Além das questões relacionadas ao vencimento do produto, há outro problema: de acordo com o próprio Ministério da Saúde, o inseticida teria apresentado características não esperadas, como empedramento e cristalização.
Em 2016, quando houve a compra, a pasta informa ter adquirido 1,65 milhão de litros do Malathion, fabricado pelo laboratório Bayer. No ano seguinte, após identificar os problemas, suspendeu a entrega e o pagamento de 699 mil litros do total comprado, além de solicitar a reposição de cerca 400 mil litros do inseticida, dos quais 105 mil já foram recolhidos e devem ser restituídos em junho deste ano.
O laboratório Bayer não respondeu ao GLOBO até a publicação desta matéria. À "Folha de S. Paulo", a empresa negou que o produto apresentasse defeitos e afirmou que concordou em substituir os 104.800 litros do produto em atitude colaborativa de forma a contribuir com as autoridades de saúde pública.
*Estagiário, sob coordenação de Francisco Leali.
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