Os chamados 'atos
inconscientes' são responsáveis pela trajetória de sucesso de uma pessoa.
Quando foi a última vez que se propôs a fazer uma atividade diferente? Segundo
informações divulgadas pela Universidade de Duke, nos Estados Unidos, uma média
de 40% das ações do cotidiano são realizadas no formato de piloto-automático.
Neste contexto, o jornalista Charles Duhigg afirma no livro “O Poder do
Hábito - Por Que Fazemos o Que Fazemos na Vida e Nos Negócios” que os chamados
atos inconscientes ocorrem devido a constante necessidade do cérebro humano em
poupar esforços.
Na prática, a propagação de atitudes similares na rotina pessoal e
profissional promove a internalização de um determinado padrão que, ao longo do
tempo, se torna involuntário. “O desenvolvimento de hábitos é um movimento
ininterrupto que acontece desde a infância até a terceira idade. Ou seja,
ninguém nasce com um pensamento automático. Na verdade, os padrões
comportamentais são criados de acordo com o ambiente externo e as experiências
individuais”, explica Carolina Manciola, sócia-diretora da Posiciona Educação e
Desenvolvimento.
Ao se aprofundar no conceito, é possível dizer que os atos inconscientes
são responsáveis por uma trajetória de sucesso. Afinal, determinam o
afastamento ou a concretização de metas de uma pessoa. Neste sentido, é
fundamental transformar as ações nocivas em positivas. Veja abaixo as sugestões
da especialista em desenvolvimento corporativo sobre mudanças de hábitos:
Dispense
recompensas.
A primeira etapa na construção de um hábito consiste no gatilho onde um
estímulo é capaz de acionar certa atitude. Em seguida, a rotina aparece com a
função de dar sequência às atividades físicas, intelectuais e emocionais
ativadas. Por fim, o sistema exige uma recompensa a fim de incentivar a
memorização da ação. Logo, o ciclo permanece ineficaz ao retirar a última fase,
pois o benefício do comportamento involuntário deixa de existir.
Pratique
a substituição.
A motivação é a base da mudança de hábito, mas não é o suficiente para
modificá-lo da noite para o dia porque o cérebro tende a criar resistência no
processo de adaptação diante de um novo comportamento. Então, é preciso
priorizar a substituição ao abandono. Durante uma dieta, por exemplo,
nutricionistas recomendam trocar o chocolate ao leite pelo meio amargo, por
este ser mais saudável e menos calórico.
“Não vá
com sede ao pote”.
O excesso de motivação pode se tornar uma armadilha ao provocar um
esforço excessivo no início do processo e uma desistência no meio do caminho,
ocasionada pelo cansaço. Neste caso, trabalhe em doses homeopáticas. Se
pretende estudar uma nova língua durante uma hora por dia, dedique-se ao menos
trinta minutos e aumente o período de maneira gradual, até alcançar o objetivo
inicial.
Fique
atento com a frequência.
A constância é uma das partes mais desafiadoras de um processo de mudança
de hábito, pois o fato de um novo comportamento remeter a uma ação definitiva
gera uma barreira emocional. Contudo, há a possibilidade de fazer uma
reprogramação mental menos penosa ao se apoiar em prazos curtos, como a Teoria
dos 21 dias, na qual a pessoa utiliza este período para implantar as novas
ações no cotidiano sem precisar dispor de um comprometimento maior.
Fuja de
padrões negativos.
Além das distrações físicas em uma modificação comportamental, existem
também as barreiras mentais. Entretanto, a técnica do “mas” é uma espécie de
braço direito no contorno desta situação. Ao ter pensamentos sabotadores,
corrija-os, usando o “mas”. Por exemplo, “exercitar-se todos os dias é
cansativo, mas fará bem à saúde”.
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