Nos últimos 12 anos, o
número de fumantes no Brasil caiu 40%
O ministro da Saúde,
Luiz Henrique Mandetta, recebeu ontem (23) em Nova York o Prêmio da
Força-Tarefa Interagências da Organização das Nações Unidas (ONU). O
reconhecimento foi para ações do governo brasileiro de combate ao
tabaco e pela redução de mortes no trânsito.
Nos últimos 12 anos, o
número de fumantes no Brasil caiu 40%, passando de 15,6% em 2006 para 9% em
2018. Entre 2010 e 2017, o país reduziu em 17,4% o número de mortes por
acidentes de trânsito, de 42.844 para 35.374 mortes.
De acordo com o governo
brasileiro, o prêmio da ONU é um reconhecimento à contribuição brasileira para
o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs), fixados em
2015, como um plano de ação em diferentes áreas, entre elas a saúde, até
2030.
“Conseguimos chegar a
9% de pessoas que fumam no país graças a nossa luta contra o tabaco por quase
20 anos”, afirmou Mandetta. “Nós seremos o primeiro país livre do tabaco
no mundo. E isso é algo que somente a cobertura universal em saúde e o apoio da
sociedade pode fazer”, ressaltou o ministro.
Em relação ao tabaco,
o prêmio foi destinado à Comissão Nacional de Implementação da
Convenção-Quadro para Controle do Tabaco e seus Protocolos do Brasil (CONICQ),
presidida pelo Ministério da Saúde.
A comissão tem o
objetivo de promover o desenvolvimento, a implementação e a avaliação de
estratégias, planos e programas para o cumprimento das obrigações previstas na
Convenção-Quadro da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o Controle do
Tabaco.
O Brasil também foi
premiado pelo programa Vida no Trânsito.
Criado em 2010, a
iniciativa tem como meta principal a redução de 50% no número de óbitos
por acidentes de trânsito até 2020. Para isso, o Ministério da Saúde em
parceria com estados e municípios desenvolve ações que vão desde intervenções
na engenharia do trânsito, passando por fiscalização, campanhas educativas até
ações de atenção às vítimas.
O Vida no Trânsito
está implantado em 26 capitais e de outros 26 municípios, alcançando uma
população de aproximadamente 50,6 milhões de habitantes.
Nas capitais que mais
se engajaram no programa, houve redução superior ao índice de 40%, com destaque
para Aracaju, com redução de 55,8%; Porto Velho (de 52,0%); São Paulo (de
46,7); Belo Horizonte (de 44,7); Salvador (de 42,7%); e Maceió (de 41,9%).
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