Um casal de brasileiros
foi alvo de agressões homofóbicas em Lisboa, capital de Portugal, no último
domingo (29). Quatros suspeitos, que tentaram vender drogas a Victor Drummond e
Fabio Liebl, agrediram os brasileiros. Eles já foram identificados pela
polícia, segundo o jornal Público. Ninguém foi preso até
o momento.
"Tudo porque ignoramos
a oferta de venda de drogas de um grupo que fica deliberadamente ao ar livre
fazendo isso. Na frente da polícia. E agredidos na frente dela. Que poderia
tê-los prendido. Mas não os fez", escreveu Drummond nas redes sociais. O
casal apresentou queixa à polícia.
Ao site Dezanove, de Portugal, os
brasileiros disseram que tiraram fotos dos suspeitos, que ofereceram drogas.
Essa ação teria motivado as agressões. O casal teria corrido para chegar à
polícia, que estava a cerca de 20 metros do local, mas os agressores
conseguiram atingir Liebl.
"Foi muito pânico.
Eu fiquei num fogo cruzado", relatou Drummond ao UOL, lembrando que
tentava chamar a atenção da polícia e, ao mesmo tempo, tentar afastar os
agressores de seu marido. "A polícia veio caminhando", lembra
Drummond. Os suspeitos foram abordados, mas foram apenas notificados pela
polícia, contou o brasileiro.
Nas redes sociais,
Liebl disse que foi agredido fisicamente à luz do dia na Praça do Comércio, um
dos principais cartões postais da capital portuguesa. No local, é comum haver grupos
que abordam turistas para oferecer drogas. "Mas o amor de nossos amigos
está nos ajudando a superar isso e a continuar na luta por dias melhores a
todos", escreveu.
"Não podemos nos
calar ao sofrer estes abusos. Não desejo a ninguém o que aconteceu conosco. E
vamos lutar para que nunca volte a acontecer a mais ninguém", comentou
Liebl.
A associação ILGA
Portugal (Intervenção lésbica, gay, bissexual, trans e intersexo) disse que
esse é um "crime de ódio que repudiamos". "Uma das melhores
respostas que temos contra estes episódios é a denúncia junto das entidades
competentes", escreveu o grupo nas redes sociais.
Ao UOL, o casal disse
que a embaixada e o consulado brasileiro em Lisboa está dando apoio. Uma
audiência sobre a ocorrência está prevista para amanhã.
Segundo Drummond, ele e
seu marido agora querem lutar que as vítimas de violência "não se calem
jamais". "Se encorajem, se empoderem com seus grupos de amigos e que
a Justiça seja sempre feita".
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